Na manhã desta quinta-feira (10/8), a Igreja de São Raimundo, localizada na Politeama, Salvador, teve o fornecimento de energia interrompido devido ao furto de um equipamento da rede elétrica – situação normalizada pela Neoenergia Coelba por volta das 10h. Este é mais um caso em que o roubo de fios gera prejuízos para a população. No primeiro semestre de 2023, a distribuidora registrou 653 ocorrências originadas pelo furto dos seus ativos na Bahia. Para inibir a prática, a empresa vem adotando medidas em conjunto com os órgãos de segurança e instalando tecnologias no sistema de distribuição de energia.
Além da falta de energia que é gerada pelo furto de cabos, a prática requer que técnicos da distribuidora – que poderiam estar realizando ações de melhoria na rede elétrica ou atendendo outras demandas, precisem se deslocar para resolver a ocorrência. Além da fiação, equipamentos que compõem a rede elétrica também são furtados, prejudicando tecnologias que são implantadas no sistema de distribuição de energia.
“O furto destes equipamentos impossibilita normalizarmos uma ocorrência através de manobras remotas na rede elétrica. Ou seja, um restabelecimento de energia que aconteceria em segundos pode levar horas. Com isso, residências, hospitais, comércios e outros segmentos da sociedade são impactados pelo ato ilegal”, destacou o gerente de Desempenho da Neoenergia Coelba, Vinícius Dutra.
Para tentar inibir a prática, a distribuidora vem instalando inibidores de acesso, que é um material metálico visando impedir que pessoas não autorizadas acessem a rede elétrica. Adicionalmente, Neoenergia Coelba vem mapeando e compartilhando com as autoridades os lugares com reincidência da prática e está substituindo as caixas da rede subterrânea por materiais chumbados com solda e concreto, o que dificulta a conclusão da ação.
Além destas ações, a Neoenergia Coelba possui uma parceria constante com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia visando combater o furto de cabos. Em julho, a distribuidora participou de mais uma ação da Operação Metallis, iniciativa de um Grupo de Trabalho criado pela SSP-BA com a colaboração de outras instituições, para inibir a prática no estado. A operação resultou na recuperação de 1,5 tonelada de fios de cobre.
“A Operação Metallis visa coibir a receptação dos fios de cobre furtados. Na ação citada, foram fiscalizados 14 estabelecimentos nos bairros de Pirajá, Valéria e Calabetão e apreendida 1,5 tonelada de fios de cobre sem a devida procedência”, destacou o gerente de Segurança Corporativa da Neoenergia Coelba, Jonathas Lobo.
Riscos para a população
Além de ilegal, o furto de cabos é realizado por pessoas não capacitadas e autorizadas, podendo ocasionar um acidente grave – e até fatal, com quem pratica o ato e com as pessoas ao redor. Existe, também, os prejuízos à iluminação pública. Com as ruas sem iluminação, há o aumento da sensação de insegurança.
Também são registrados furtos de cabos da rede subterrânea. Esta prática vandaliza as caixas, muitas vezes deixando-as abertas, podendo gerar um acidente com quem está passando pela via.