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Como as empresas podem lidar com as demissões voluntárias?

Neste artigo, vamos falar sobre o que são demissões voluntárias, quem faz parte desse grupo no Brasil e os principais motivos para essa decisão

A demissão voluntária é o ato de desligamento do empregado da empresa por vontade própria. Esse tipo de demissão vem crescendo nos últimos anos e se tornou uma preocupação para as empresas, que buscam alternativas para lidar com esse processo.

Neste artigo, vamos falar sobre o que são demissões voluntárias, quem faz parte desse grupo no Brasil e os principais motivos para essa decisão. Além disso, daremos algumas dicas de como as empresas podem lidar com essa situação. 

Confira!

O que são as demissões voluntárias?

As demissões voluntárias são aquelas em que o funcionário decide se demitir, geralmente por não estar satisfeito com o ambiente de trabalho ou salário. É importante notar que as demissões voluntárias não são demissões por justa causa.  Elas partem da iniciativa do funcionário, e não da empresa.

Nesse contexto, os ex-colaboradores abrem mão dos benefícios que recebem da empresa e também de direitos trabalhistas como seguro-desemprego e FGTS.

Demissões voluntárias em números no Brasil

De acordo com o CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, em 2022 tivemos um recorde de demissões voluntárias no Brasil. Foram mais de 2,9 milhões entre janeiro e maio deste ano, representando mais de 33% do número total de desligamentos.

Isso demonstra que as demissões voluntárias estão se tornando cada vez mais comuns no mercado brasileiro de trabalho e vem gerando preocupação por parte das empresas, já que esses são números alarmantes.

Quem faz parte do grupo de demissões voluntárias?

Ainda segundo os dados do CAGED, 48,2% das demissões voluntárias foram feitas por pessoas com nível superior, entre graduados e doutores. Já quem possui ensino fundamental incompleto, representou 25,4% do total de demissões voluntárias. Outros dados importantes de salientar são que a maioria dessas demissões foram pedidas por homens, com 57,3% do total de pedidos contra 42,7% das mulheres. 

Porém, ao se analisar tais desligamentos por gênero e escolaridade, as mulheres representam 36,7% das pessoas com maior grau de escolaridade frente aos 30,6% dos homens. Além disso, os jovens de 18 a 24 anos representam 38,5% do número de demissões voluntárias. Já as pessoas entre 50 a 64 anos totalizam apenas 23,5% do total.

Demissões voluntárias e a sua relação com o desemprego

Com a pandemia do coronavírus, o mercado de trabalho brasileiro sofreu grandes mudanças. Segundo o IBGE, em 2020 tivemos um aumento de 14,86% no desemprego no país. Esse número representa um total de 12,75 milhões de pessoas desocupadas no Brasil.

Diante disso, é natural que aumentem também. Afinal, muitos trabalhadores estão insatisfeitos com seu emprego atual e, diante da instabilidade do mercado, preferem demitir-se para buscar novas oportunidades. Há também muitas pessoas buscando alternativas para manter seu emprego, como, por exemplo, a redução da jornada de trabalho ou o teletrabalho. 

No entanto, nem todas as empresas estão dispostas a oferecer essa flexibilidade para seus funcionários.

Principais motivos para as demissões voluntárias

Como vimos, as demissões voluntárias estão em alta no Brasil. Mas qual é o principal motivo para essa decisão? De acordo com a pesquisa realizada pelo instituto GPTW (Great place to work), os principais motivos para as demissões voluntárias são:

– Salário;

– Insatisfação com o chefe;

– Carga horária excessiva que prejudicam a saúde mental;

– Falta de perspectiva de crescimento na empresa;

– Falta de reconhecimento pelo trabalho;

– Falta de valores compatíveis com os da empresa;

– Conflitos interpessoais no ambiente de trabalho

Como podemos perceber, a maioria dos motivos listados estão relacionados à insatisfação do funcionário com o seu ambiente de trabalho. Isso demonstra que as empresas precisam investir cada vez mais na qualidade de vida no ambiente de trabalho para evitar que seus funcionários busquem outras oportunidades.

Porém, é importante ressaltar que as demissões voluntárias também podem acontecer por motivos pessoais, como a necessidade de cuidar de familiares ou mudança de cidade. Independentemente do motivo, elas representam um desafio para as empresas. Afinal, além da perda de um funcionário, a empresa também precisa lidar com o custo de contratação e treinamento de um novo funcionário.

Como as empresas podem lidar com as demissões voluntárias

As demissões voluntárias representam um desafio para as empresas, que precisam lidar com o custo de contratação e treinamento de um novo funcionário. Para minimizar esse impacto, as empresas podem investir em programas de retenção de talentos, que visam aumentar a satisfação dos funcionários com o seu trabalho.

Além disso, as empresas também podem investir em programas de treinamento e desenvolvimento de seus funcionários. Isso para que eles estejam sempre atualizados e preparados para assumir novas responsabilidades. É importante que as empresas mantenham um diálogo aberto com seus funcionários para poderem identificar precocemente os sinais de insatisfação e trabalhar para solucionar os problemas.

De todo modo, o processo de recrutamento e desligamento dos funcionários deve ser feito de forma segura e privada. O processo pode ser online, com autenticação de documentos em que tem como fazer assinatura digital, ou até mesmo presencial. O mais importante é a proteção de dados dos colaboradores.

Lidar com elas não é uma tarefa fácil, mas com o devido cuidado e atenção é possível minimizar o impacto dessa questão para a empresa.

Paula Moraes

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

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