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A ênfase das empresas em segurança cibernética não é por acaso

Métodos e sistemas de proteção de dados viraram prioridade nos últimos anos

A segurança cibernética da informação é um dos assuntos mais relevantes na sociedade moderna e tem grande importância no ambiente corporativo. Nos últimos anos, métodos e sistemas de proteção de dados entraram na lista de prioridades das empresas, que são cada vez mais aperfeiçoados nesse sentido.

Com o avanço da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020 e estabelece diretrizes obrigatórias para coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais no Brasil, a segurança dos usuários na internet está em alta. O mundo nunca esteve tão conectado, com olhos voltados aos meios digitais, como agora. 

Segundo uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 70% das empresas brasileiras atuam em redes sociais e aplicativos para impulsionar vendas e se comunicar com consumidores. Hoje, a internet é o local de trabalho da maioria dos negócios. 

O conceito de segurança da informação é o que dá origem a um conjunto de ações sobre pessoas, tecnologias e processos contra ataques cibernéticos – mundialmente, o número de casos aumentou 38% no último ano, de acordo com a empresa de cibersegurança israelense Check Point Software. 

Em geral, esses ataques são feitos por criminosos virtuais, que exploram as falhas que existem em redes, dispositivos e softwares, para roubar dados, monitorar usos, interromper operações, clonar cartões, falsificar informações, derrubar sites, entre outros. Além disso, a gama de tipos de ameaças, como vírus, ransomware, adware e spyware, por exemplo, é enorme e pode afetar dados confidenciais e documentos governamentais, inclusive. 

Um dos pontos mais importantes para as empresas fortalecerem a segurança cibernética é criar uma cultura com esse objetivo. Não adianta adquirir ferramentas tecnológicas avançadas, sem que as pessoas que formam a organização colaborem com medidas e processos minimamente seguros nas atividades essenciais do dia a dia.

No aspecto de comportamento na web, especialistas em cibersegurança afirmam que além de priorizar plataformas e redes sociais mais seguras e transparentes, os usuários devem adotar algumas práticas, como: evitar compartilhar a localização de forma instantânea e clicar em links de sites suspeitos, desconfiar de dinheiro fácil, se atentar a redes de Wi-Fi gratuito em locais públicos e diversificar as senhas de todas as contas possíveis. 

O cuidado com a segurança cibernética envolve, imprescindivelmente, a contratação de profissionais da Tecnologia da Informação especializados no desenvolvimento de redes virtuais mais fortes e preparadas para ameaças. Muitas vezes, os servidores internos das empresas podem não ser suficientes, faltando proteção contra invasores externos. 

Desta forma, não é atoa que, conforme o último relatório da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), 85% dos negócios do setor já adotaram medidas de segurança cibernética. 

A atuação desses sistemas de segurança é feita a partir da gestão de armazenamento, proteção da integridade e prevenção contra perda de dados (com criptografia) e controle de acesso, além de backups e recuperação. Outra medida recomendada por profissionais é a utilização de um Enterprise Resource Planning (ERP) – sistema de informação que interliga dados e processos de uma organização em um único programa. 

Laura Fassina

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

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