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Esgotamento profissional: pandemia pode favorecer casos de Síndrome de Burnout

Quadro atinge profissionais de diversos setores e prejudica a saúde física, mental e psicológica

(Imagem ilustrativa/Freepik)

Os sentimentos de sobrecarga, ansiedade e esgotamento em relação ao trabalho e à rotina do dia a dia trazem vários problemas para o corpo e para a mente. De acordo com o Ministério da Saúde, esse quadro é chamado de Síndrome de Burnout, um distúrbio psíquico majoritariamente associado a condições de trabalho desgastantes, tanto de maneira física, quanto emocional e psicológica.

Segundo uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma-BR), esse problema é mais comum do que se imagina. Pelo menos 32% dos brasileiros, o que corresponde a 33 milhões, sofrem com os sintomas da Síndrome de Burnout, também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional. A palavra “burnout” é a junção de “burn” (queima) e “out” (exterior), e se refere à sensação de quando a “chama se apaga” e não existe mais motivação e energia para a realização das tarefas do dia a dia. Os sintomas mais frequentes são cansaço físico e mental extremo, problemas para dormir, falta de concentração e apetite, alteração de humor, problemas gastrointestinais, entre outros. Além disso, é comum haver problemas com a produtividade e motivação para o trabalho, o que colabora para gerar ainda mais ansiedade.

O desgaste desencadeado por conta da pandemia pode servir como causa para o aumento de casos de profissionais com a Síndrome de Burnout em um período pós-pandemia do novo coronavírus. O cenário de instabilidade e preocupação, aliado com a mudança brusca no modelo de trabalho, seja para os profissionais que precisam exercer sua funções com a modalidade home office ou aqueles que precisaram adequar seu dia a dia com as novas recomendações, resultou em um quadro de estresse e instabilidade, que expande as preocupações acerca do futuro e piora o sentimento de esgotamento, o que leva a uma maior fragilidade psicológica e à perda de propósito em relação às atividades cotidianas.

A falta de atividades sociais e tempo ao ar livre, assim como o aumento do tempo em frente às telas, também são fatores que estão associados à fadiga e sobrecarga, e podem acabar refletindo na rotina e no estilo de vida, por meio de uma alimentação pouco saudável, falta de prática de exercícios e até o surgimento de vícios e o consumo exagerado de álcool.

Como resolver o problema

Reconhecer e entender o problema é o primeiro passo, e deve seguir para a procura de ajuda profissional. O tratamento para a Síndrome de Burnout é feito principalmente com o apoio de um profissional formado na faculdade de Psicologia, por meio de sessões de psicoterapia. Além disso, pode ser necessário fazer uso de medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos, que devem ser indicados por um psiquiatra. Mudanças na rotina também colaboram para a melhora do quadro, incluindo mudanças nas condições de trabalho e a inclusão de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios.

É importante conversar com um médico para entender o diagnóstico e as causas por trás do aparecimento do problema, assim como pensar em estratégias para solucionar as questões que surgirem. Tirar um período de férias é outra recomendação importante para garantir que os sintomas não piorem, o que pode desencadear um quadro mais grave, envolvendo até outros distúrbios, como a depressão.

Imagem ilustrativa (Foto: Divulgação)

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(Imagem: Folha Geral/Divulgação)

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