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Entenda como funciona o título de capitalização oferecido pelos bancos

Mesmo que rendimento não seja acima da inflação, modalidade sorteia prêmios e pode incentivar pessoas a poupar valores por mês

Guardar dinheiro está entre as prioridades de muitas pessoas, em maior ou menor quantidade, e existem maneiras de se fazer isso sem considerar somente a poupança. Os títulos de capitalização são oferecidos pelos bancos com o intuito de estimular a reserva financeira a partir de um mecanismo com característica própria.

Segundo a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), órgão que faz a regulamentação dessa modalidade, o título de capitalização é um tipo de aplicação no qual os clientes fazem aportes, participam de sorteios e, ao final do prazo estipulado, resgatam o dinheiro com uma pequena correção. 

As garantias desses títulos vêm das próprias instituições financeiras, diferentemente da poupança, que conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) – associação sem fins lucrativos que presta assistência aos correntistas, poupadores e investidores do país. Eles não se caracterizam como investimentos, já que o retorno é abaixo da inflação. 

Na prática, as pessoas que escolhem essa modalidade o fazem para conseguir guardar dinheiro, mesmo com baixo rendimento e menor poder de compra. Isso ocorre porque os títulos servem como um incentivo, devido aos prêmios sorteados, que, muitas vezes, funcionam como uma forma de fazer o cliente se obrigar a poupar. 

Diante desse crédito, é possível pagar um valor por mês de acordo com o prazo escolhido para participar dos sorteios. O desconto mensal das contas é proposto pelos bancos, para que as pessoas participem durante um período com prêmios em dinheiro. Há diversos tipos emitidos que funcionam de maneira parecida. O título de capitalização pode ser feito pelo Pagamento Único (PU), Pagamento Mensal (PM) ou Pagamento Periódico (PP). 

No pagamento, estão embutidos vários custos, como despesas administrativas da instituição e custeio dos prêmios. Portanto, não é toda aplicação que pode ter rentabilidade. A parte que rende é chamada de cota de capitalização. 

Os retornos constituem-se pela maioria das participações que têm a rentabilidade ligada à taxa referencial – que está zerada – e a outra tarifa definida no momento da compra, que deve ser no mínimo 0,1%. Logo, o dinheiro tem um rendimento baixo.

Quatro categorias definem os títulos, de acordo com o consumidor: a tradicional, na qual o cliente pode fazer o resgate integral do valor aplicado no final do prazo de vigência; a popular, que faz um sorteio para cada mês de validade; a compra programada, que permite ao cliente escolher receber a quantia aplicada ou um serviço; e de incentivo, que é ligada a um evento promocional feito pelos bancos.

Laura Fassina

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

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