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(Foto: Reprodução/Hyundai)
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Em janeiro de 2023, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, registrou queda de 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, após ter registrado avanços em novembro e dezembro com taxas de, respectivamente, 3,4% e 2,0%. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 10,3%. No indicador acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial acumulou taxa positiva de 1,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisadas mensalmente pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan). 

A partir desta edição, o IBGE passa a divulgar a PIM com novas séries históricas. A pesquisa passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas da sociedade. São atualizações já previstas e realizadas periodicamente pelo IBGE. 

A atualização foi feita a partir do cadastro de empresas e produtos produzidos pela Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa e Produto de 2019, também realizada pelo IBGE e que permite a identificação das características estruturais da atividade industrial brasileira e baiana. 

No âmbito regional foram colocados três novos locais: Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul, estados que estão acima do corte estabelecido de valor de transformação industrial. 

Análise dos setores de atividade 

Na comparação de janeiro de 2023 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou queda de 10,3%, com sete das 11 atividades pesquisadas assinalando recuo da produção. O setor de Derivados de petróleo (-16,5%) registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de óleo diesel e gasolina. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Extrativa (-41,6%), Produtos químicos (-15,2%), Metalurgia (-12,1%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-20,1%), Minerais não metálicos (-8,4%) e Couro, artigos para viagem e calçados (-2,3%). Por sua vez, o segmento de Produtos alimentícios (10,3%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de manteiga de cacau, resíduos da extração de soja e leite em pó. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Bebidas (14,6%), Borracha e de material plástico (4,9%) e Celulose, papel e produtos de papel (4,2%). 

No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana registrou aumento de 1,7%. Quatro dos 11 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para o segmento de Derivados de petróleo (18,3%) que exerceu a principal influência positiva no período. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Celulose, papel e produtos de papel (3,2%), Minerais não metálicos (5,2%) e Couro, artigos para viagem e calçados (0,1%). Por outro lado, Metalurgia (-12,1%) registrou a maior contribuição negativa. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Extrativa (-16,0%), Produtos alimentícios (-5,7%), Produtos químicos (-3,5%), Borracha e material plástico (-5,4%) e Bebidas (-0,4%). 

Comparativo regional 

O crescimento da produção industrial nacional, com taxa de 0,3%, na comparação entre janeiro de 2023 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhado por sete dos 17 estados pesquisados, destacando-se as principais taxas positivas assinaladas por Amazonas (13,0%), Maranhão (11,5%) e Minas Gerais (9,8%). Por outro lado, Mato Grosso (-14,0%), Rio Grande do Norte (-10,5%) e Bahia (-10,3%) registraram as maiores variações negativas nesse mês.