Com a digitalização – acelerada principalmente pela pandemia – as lives se tornaram muito mais comuns e os acessos às transmissões ao vivo viraram parte da rotina para entretenimento, aprendizado, trabalho e também como ferramenta de compra e venda de diversos produtos e serviços, as chamadas live commerces.
Apenas na China, país que é o berço do live commerce, esse mercado movimentou US$ 131 bilhões em 2021 e já representa 37% do total de vendas por meio de social commerce, segundo dados da consultoria eMarketer.
A grande vantagem deste formato de vendas é a interação que as marcas têm com os consumidores, resultando em um maior engajamento e, consequentemente, em maior conversão de vendas.
É o que aponta a CEO e Cofundadora da empresa pioneira em live shop no Brasil, Mimo Live Sales, Monique Lima. “Entendemos que dá para vender tudo por live e com uma grande vantagem: enquanto a conversão média do e-commerce é de 1.6% Latam, a média do live commerce da Mimo é de 10% chegando a 30% em segmentos específicos como beleza, bebida, esporte, pets e eletro.
De cursos até apartamentos
No Brasil, a Mimo Live Sales abriu caminho para o formato de vendas no país em junho de 2020, bem no início da pandemia. A empresa, que nasceu 100% digital – e atua assim até hoje – já realizou centenas de lives para marcas de moda (como a C&A), bebidas (Diageo), eletrodomésticos (Whirlpool), beleza (Biossance) – e até mesmo companhias focadas em outros mercados que até então não se imaginavam fazendo vendas via live, como agroindústria, horta em casa e colchões, como fizeram a Bayer Agro, a Yes We Grow e a Zissou, respectivamente.
As lives commerces – que no início eram mais focadas no segmento de moda e beleza – hoje se expandiram para diversas outras áreas, sendo possível comercializar de tudo através desse formato de vendas, incluindo cursos de idiomas e profissionalizantes e até imobiliário, com destaque para lançamentos de decorados e venda de apartamentos.
Um dos principais atrativos do live commerce para o consumidor é o entretenimento e a facilidade. “No live commerce, assim como na comunicação de marca de maneira geral, é importante entreter mais e interromper menos. Através de um conteúdo bacana, com uma boa apresentação, dicas valiosas, muita conversa e informação, o consumidor se interessa muito mais, faz perguntas no chat e compra. Além de convidar os amigos para também entrarem na live e participarem da experiência”, aponta a CEO da Mimo.
Para as marcas, a vantagem é a possibilidade de escalar as vendas. É possível receber uma quantidade de potenciais clientes em uma hora que não seria possível presencialmente — algo que varia entre 100, 1.000 e 10.000 mil pessoas simultaneamente de acordo com o esforço na divulgação das lives.
Outra vantagem é que as lives são feitas no próprio site ou app das marcas, com tecnologia white label da Mimo Live Sales, o que permite uma gama muito maior de dado e incremento da base de CRM da marca.
Segundo Monique, o consumidor acompanha as lives cada vez mais. “Ao longo do caminho, entendemos que o live commerce é um negócio de recorrência. Quanto mais se faz, mais afiados ficamos nesse processo. Ou seja, as marcas identificam o que atrai o público durante as lives e o que não chama a atenção – é possível aprimorar de acordo com as expectativas. Já o consumidor também gosta da recorrência, acompanha cada vez mais as lives semanais e chama os amigos para assistir, como a um programa de TV”, finaliza a especialista.