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Os cassinos online podem estar prejudicando o jogo em cassinos físicos

A pandemia também afetou os cassinos físicos

(Imagem ilustrativa/Pixabay)

Desde o finalzinho de 2019 até os dias de hoje, a crise sanitária tem afetado diversos setores da sociedade, e em muitos lugares a economia não anda muito bem das pernas. Nos últimos tempos, vários estabelecimentos tiveram que fechar suas portas, porém, conforme avança a imunização nos diferentes países do mundo, há um certo respiro na situação econômica desses locais. 

Porém, nos Estados Unidos, mais precisamente na Pensilvânia e Nova Jersey a recuperação dos estabelecimentos de jogos de azar tem sido mais lenta que o esperado, e um dos principais fatores que podem estar influenciando essa demora na retomada são os cassinos online. Segundo o estudo de Carlo Santarelli, um analista do Deutsche Bank, as plataformas de jogatina virtual estão “canibalizando” os estabelecimentos físicos, impedindo a sua expansão. Para Santarelli, o retorno dos clientes aos cassinos presentes nos EUA ainda pode ser precoce, mas há indícios que a jogatina virtual pode estar retardando esta volta. 

Ainda assim, o estudioso aponta outros fatores, como as restrições impostas à população, que variam de estado para estado, o que pode influenciar diretamente os dados coletados. “Embora certamente as restrições da pandemia variem de estado para estado e possam estar influenciando os dados, achamos que deve ser considerado que a presença de cassinos online em Nova Jersey e Pensilvânia pode estar atrapalhando suas respectivas recuperações, à luz do desempenho esmagadoramente forte para o mercado”, afirma Santarelli. 

O analista acredita que se os estados de Nova Jersey, Delaware, West Virgínia, Pensilvânia e Michigan continuarem permitindo os cassinos virtuais, a tendência é que os estabelecimentos físicos de jogatina continuem perdendo sua força. Mas ele destaca que essa é uma oportunidade dos estados americanos regulamentarem a jogatina online. “Além de Michigan, nenhum estado legalizou o cassino online após a pandemia. Achamos que a situação de pandemia torna a legalização da prática uma provável fonte de recursos para os estados, muito menos provável agora do que talvez fosse o caso de seis a 12 meses atrás, especialmente devido à falta de progresso dos estados líderes, a saber, Indiana e Illinois. Achamos que há algum mérito na canibalização das operações tradicionais de cassino, o que diminuiria o desejo de certos operadores, que não tiveram sucesso nas plataformas online, ou não estão bem posicionados para ter sucesso na vertical, de pressionar pela legalização” disse o analista.  Já em território tupiniquim, os melhores cassinos online do Brasil  também têm feito um sucesso impressionante, cativando um grande número de usuários, seja através do amplo catálogo de jogos ou pela diversidade de bônus e promoções, e aos poucos vêm se tornando uma das principais opções de entretenimento do brasileiro. 

(Imagem ilustrativa/Pixabay)
(Imagem ilustrativa/Pixabay)

Receita enorme

Ao que tudo indica a receita bruta das plataformas de jogatina online em Nova Jersey ultrapassou os US$ 100 milhões ainda em janeiro deste ano, e em março chegou a casa dos US$ 113,7 milhões – sendo que no mesmo período de 2019, esse valor mal havia chegado aos US$ 39,1 milhões. Enquanto isso, na Pensilvânia, os primeiros sites do setor foram lançados em julho de 2019, e logo se estabeleceram com receita bruta assustadora. Em março deste ano, o mercado dos jogos de azar virtuais haviam movimentado US$ 97,7 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado esse valor era de US$ 24,9 milhões. 

Contudo, enquanto vemos essa alta nas plataformas virtuais de jogatina, os estabelecimentos físicos vêem sua receita bruta decrescer. Em Nova Jersey, por exemplo, a receita bruta caiu 17% em março e 9% em abril de 2019. Já na Pensilvânia, a queda foi ainda maior, 22% em março, e em abril o setor cresceu 1%. Porém, Santarelli afirma que o segundo número foi distorcido por conta da abertura de dois novos empreendimentos. 

O analista afirma que, inicialmente, esses números parecem normais, por conta do período de crise. Mas, ao comparar os dados com uma série de outros estados do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, ele notou uma certa discrepância. 

Conteúdo de colaborador*

Este canal é escrito por colaboradores diversos da Folha Geral. Cada conteúdo é de responsabilidade do autor.

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