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Na época da pandemia da Covid-19, a telemedicina ganhou muita força e acabou se tornando o principal meio utilizado por pacientes e profissionais de saúde para manter o acompanhamento médico em dia. A tendência se manteve em alta mesmo com o fim da pandemia, hoje proporcionando uma base mais sólida e combinada a novas tecnologias.

De acordo com o estudo Future Health Index, realizado pela Philips, aproximadamente 31% dos líderes do setor de saúde brasileiro estão investindo em inteligência artificial para aprimorar a eficiência dos atendimentos e melhorar o fluxo de trabalho da operação remota. Desse grupo, 25% também estão investindo em algoritmos capazes de analisar o histórico médico dos pacientes e prever diagnósticos.

A ideia não é substituir o atendimento humano pelo digital, mas, sim, combinar ambos para garantir uma experiência mais ágil e satisfatória. Hoje, a telemedicina não se limita somente ao contato entre médico e paciente, mas também envolve reuniões de serviço, discussões de caso e capacitação de profissionais. As inteligências artificiais podem contribuir com todos esses aspectos.

A ascensão da telemedicina no Brasil

Ao longo de 2023, mais de 30 milhões de atendimentos remotos foram realizados no Brasil, de acordo com dados divulgados pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde). Esse número representa um aumento de 172%, se comparado com todos os atendimentos realizados entre 2020 e 2022, mostrando que a telemedicina vem se tornando uma alternativa cada vez mais viável.

De acordo com especialistas, o principal fator que contribui com esse modelo é a praticidade, já que os pacientes têm a liberdade de consultar profissionais de todo o país sem sair de casa. Contudo, o formato remoto também vem auxiliando a suprir as diversas lacunas presentes no sistema de saúde mais tradicional, possibilitando que mais pessoas sejam atendidas e tenham acesso a acompanhamento médico.

Outros estudos também reforçam a importância da telemedicina em outros aspectos, como na previsão de surtos e doenças. Com a ajuda de IAs, as plataformas estão conseguindo fazer levantamentos valiosos sobre cada caso atendido em um determinado período, identificando enfermidades em alta e as possíveis regiões afetadas. Dessa forma, epidemias de doenças como dengue e Covid-19 podem ser premeditadas e controladas.

Esse é apenas um exemplo de como as IAs vêm colaborando com a telemedicina. Entretanto, a demanda e a necessidade por profissionais qualificados ainda é presente no mercado da saúde. Portanto, aqueles que estão cursando a faculdade de medicina continuarão com muitas oportunidades pela frente, especialmente nesse formato de atendimento modernizado.

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