O abandono de animais ainda é um problema recorrente no Brasil, onde se estima que aproximadamente 30 milhões de pets são abandonados por seus donos anualmente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Visando reduzir essa estatística, os especialistas da área vêm reforçando a importância da “adoção responsável”, onde as pessoas só são incentivadas a adotar quando já estão cientes de todos os pormenores envolvidos.

Grande parte dos abandonos parte da falta de preparo financeiro para cuidar dos animais de estimação. Independentemente da raça, um cachorro ou gato costuma viver em média 10 anos, gerando gastos contínuos com alimentação, vacinas, despesas médicas e muito mais. Por isso, muitas pessoas acabam se arrependendo da adoção e encontram no abandono uma válvula de escape, o que é considerado um ato de grande irresponsabilidade.

O abandono de animais é crime no Brasil, assim como previsto nas leis 9.605/1998 (art. 32) e 13.426/2017. O ato se enquadra no delito de maus-tratos aos animais, podendo ser punido com três meses a até um ano de prisão. Caso o bicho apresente sinais de abusos, como violência física, a detenção pode ser estendida em até cinco anos.

Como fazer uma adoção responsável?

Assim como adotar uma criança, a adoção de um pet envolve o mesmo nível de comprometimento e responsabilidade. Tomar essa decisão de uma forma responsável significa aceitar tudo que está envolvido na criação e nos cuidados daquele ser, sem cogitar a possibilidade de devolvê-lo ou abandoná-lo em nenhuma circunstância.

Até certo ponto, é possível se preparar para a situação, mas é necessário ter em mente que existem muitos imprevistos e fatores que não podem ser controlados. Por exemplo, é impossível saber com certeza qual será a personalidade do animal escolhido, assim como não podemos prever ou controlar quando ele ficará doente e criará gastos que não estavam previstos no orçamento.

Entretanto, nem tudo está relacionado ao aspecto financeiro. Para uma adoção mais sensata, avalie bem o espaço que tem disponível em casa e escolha uma raça (no caso dos cães) que se adeque bem àquele ambiente. Apartamentos e lares pequenos casam melhor com cachorros menores, enquanto os grandes demandam mais espaço para passarem seu tempo no cotidiano. Caso seja um animal de raça, pesquise qual seu perfil comportamental e principais problemas de saúde que costumam atingir seus semelhantes. Procurar por nomes para cachorro também é uma atitude muito bem-vinda, já que ajuda a criar um vínculo com o animal desde cedo. Com tudo isso em mente, é possível garantir uma experiência muito mais proveitosa tanto para o pet quanto para seus tutores.

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