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Novas perspectivas ainda em 2021 com a diminuição do desemprego

Dados do IBGE apontam melhora no número de contratações, porém mais de 14 milhões de pessoas seguem desempregadas

Um levantamento realizado pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no fim de agosto aponta uma pequena melhora na taxa de desemprego do país. O percentual caiu de 14,7% para 14,1% no segundo trimestre de 2021, mas segue acima da taxa registrada no mesmo período de 2020, que era de 13,3%.

Houve um aumento de 2,5% de pessoas empregadas no segundo trimestre, atingindo algo em torno de 87,8 milhões de trabalhadores ocupados. O nível de ocupação registrou um aumento de 1,2% e agora está na casa dos 49%, o que indica que menos da metade da população brasileira com idade para trabalhar tem um emprego. Ao todo, 14,4 milhões de brasileiros seguem desempregados.

O trabalho informal ou por conta (MEI) seguem dominando o mercado, mas o segundo trimestre também apresentou uma alta nas contratações por regime CLT com carteira assinada, acumulando 618 mil novos registros no setor privado e chegando a 30 milhões de pessoas no total. Também houve um aumento no número de trabalhadores sem registro, alcançando a marca de dez milhões de brasileiros, com alta de 3,4%, se comparado com o primeiro trimestre do ano.

Dentre as áreas que mais se destacaram com as contratações no segundo trimestre, os setores de alojamento e alimentação lideraram com 9,1% de todos os registros, seguidos por construção (5,7%), serviços domésticos (4%) e agricultura, produção florestal, pecuárias, pesca e aquicultura – cada um com 3,8%. O número de trabalhadores que estão atuando por conta não só aumentou, como também bateu recorde, atingindo 24,8 milhões e registrando um crescimento de 4,2% no último trimestre.

Aqueles que estão procurando emprego ou buscando oportunidades melhores podem usar essas informações para explorar as maiores necessidades do mercado de trabalho atualmente. Com o setor de alimentação em destaque, pode ser interessante buscar alguma qualificação na área, como um curso de nutrição ou qualquer outro tipo de estudo que ajude a incrementar o currículo e ingressar no setor.

Mesmo com os números positivos, a taxa de desemprego no Brasil ainda é muito alta, e não existe uma perspectiva de melhora tão cedo. A expectativa é de que continue crescendo aos poucos até o fim do ano, já que o comércio costuma abrir milhares de vagas temporárias nas épocas de festas. Com a reabertura gradual das lojas físicas, em meio à pandemia, tudo indica que este ano não será diferente. 

Alice Bachiega

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

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