em

CLA oferece curso de Desenho e História da Moda

Matrículas estão abertas para a próxima turma, que começa em 1º de agosto Costureiros, estilistas, estudantes e amantes da moda com 15 anos de idade ou mais já podem se matricular no curso de Desenho e História da Moda oferecido pelo Centro Livre de Artes (CLA), no Bosque dos Buritis. Semestralmente, são formadas duas turmas […]

Matrículas estão abertas para a próxima turma, que começa em 1º de agosto

Coleção criada por Lorena Teixeira, cuidadora. Foto: Ângela Macário
Coleção criada por Lorena Teixeira, cuidadora. Foto: Ângela Macário

Costureiros, estilistas, estudantes e amantes da moda com 15 anos de idade ou mais já podem se matricular no curso de Desenho e História da Moda oferecido pelo Centro Livre de Artes (CLA), no Bosque dos Buritis. Semestralmente, são formadas duas turmas com o máximo de 15 alunos cada, sendo uma matutina com aulas às segundas e quartas-feiras, das 8h às 12, e outra vespertina, com encontros às terças e quintas, das 14h às 18h. As aulas dos próximos grupos começam no dia 1º de agosto e as inscrições podem ser feitas diretamente na sede do CLA. A taxa de matrícula custa R$ 75 e há isenção para pessoas carentes.

A atividade estimula os alunos a desenvolverem o processo criativo, podendo, inclusive, ser o pontapé inicial para um negócio ou um novo emprego. “Goiânia tem importantes polos de moda. Então, o curso é uma oportunidade interessante para capacitar as pessoas e estimular que elas busquem novas colocações no mercado”, considera Cristiane Brandão, uma das professoras do curso, citando como exemplo os comércios da Rua 44, Fama, Campinas e a Feira Hippie.

Coleção criada por Guilherme Santos, estudante de ensino médio. Foto: Ângela Macário
Coleção criada por Guilherme Santos, estudante de ensino médio. Foto: Ângela Macário

Ao conhecer a história da arte, os alunos são capazes de compreender como a cultura, o clima e até o status social influenciam a maneira de um povo se vestir e, a partir daí, os estudantes conseguem identificar uma forma própria de produção. “Mostramos a eles como construir uma identidade visual no processo criativo. Com as aulas, eles distinguem se seu estilo segue a linha apolínea (mais sóbria) ou a linha dionisíaca (ousada)”, explica Cristiane. A professora destaca que esse aprendizado é fundamental para manter o sucesso de uma marca: “O consumidor se identifica com determinada marca quando existe clareza de estilo em suas produções. Quando a criação não segue uma linha específica, o cliente não é fidelizado”.

Fernanda Coelho, também professora do CLA, conta que as aulas são indicadas tanto para pessoas que já têm noção de desenho quanto para aquelas que não sabem desenhar. Durante a atividade, os alunos têm contato com a figura de moda feminina e técnicas de desenho e pintura. “Os estudantes saem do curso com competência para criar. Eles aprendem como fazer a resolução no papel de uma calça pregueada, um colarinho, um punho… Aprendem a modificar, dar outras formas a uma peça que já existe e a pensar em algo totalmente novo”, ressalta.

As professoras Cristiane Brandão e Fernanda Coelho. Foto: Ângela Macário
As professoras Cristiane Brandão e Fernanda Coelho. Foto: Ângela Macário

A cada ano, as professoras Cristiane, Fernanda e Simone Marçal escolhem um tema que será trabalhado com os alunos e servirá de inspiração para criarem a coleção final do curso. Já foram usadas a arte indígena, manifestações culturais como as Cavalhadas e o Fogaréu, as linhas do Art Decó presente em Goiânia e, este ano, o espanhol Miró foi o artista plástico escolhido para influenciar as produções dos alunos. “Transformamos uma linha em um recorte, fazemos a repetição de uma forma, um deslocamento, um desenho vira uma estampa ou um detalhe em uma saia, por exemplo”, exemplifica Cristiane.

Uma das preocupações das docentes é trabalhar a inclusão social junto aos alunos, orientando que criem modelos para pessoas de todos os tamanhos e raças. Nas aulas de consultoria de imagem, são estudados os biotipos, as roupas adequadas para cada um deles e a paleta de cores que combinam com o tom da pele, sempre respeitando a história e o dia-a-dia do cliente. No último semestre, a enfermeira e cuidadora Lorena Teixeira, de 27 anos, levou a sério as diferenças humanas e desenhou sua coleção com modelos negras, brancas, ruivas, tatuadas e com deficiências. Fernanda se diz orgulhosa da criação: “o curso dá uma bagagem boa para a pessoa, com começo, meio e fim”.

Por Monique Pacheco

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

Desfile de Cavaleiros da Festa do Peão de Hortolândia reúne mais de cinco mil participantes

Dono de restaurante expulsa clientes após comentário racista sobre garçom