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O que é o CBD, substância da maconha indicada pelos médicos para tratar dores crônicas

São cada vez mais frequentes as buscas por produtos derivados do canabidiol. O motivo é simples: cada vez mais pessoas têm procurado saber mais sobre a substância que alivia dores crônicas e tem sido a saída para quem não encontrado os efeitos esperados na medicina convencional, especialmente em analgésicos e outras substâncias químicas.

O uso de derivados da Cannabis para o tratamento de dores crônicas tem crescido substancialmente no Brasil, já que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberar a importação de produtos extraídos da planta. Ainda assim, o tema gera debate na comunidade médica e na sociedade. Sites como o Weed News podem ajudar quem ainda não sabe muito sobre esse mercado, mas está procurando dicas de produtos e informações sobre o CBD.

Os canabinóides são uma ferramenta na gestão do paciente com dor crônica, podendo diminuir até 30% as escalas de dor. Seus efeitos estão entre a diminuição de dor, melhora da qualidade de vida, retorno às atividades de vida diária.

Ainda segundo especialistas, a utilização da CBD atua diretamente em dores neuropáticas; dor (e espasticidade) em esclerose múltipla; dor em lesão medular; dor oncológica e como coadjuvante para melhora do humor e sono. Ainda assim, é preciso estar atento, já que o CBF não é recomendado para dores agudas, episódicas ou pós-cirúrgicas.

“Achava que essa história de usar a Cannabis como medicamento era uma forma de oficializar uma prática ilegal. Mas encontrei bons artigos sobre o tema e me convenci de que poderia ser interessante”, diz o ortopedista Ricardo Ferreira, especialista em coluna e dor, em entrevista à Folha de São Paulo.

O ortopedista começou a estudar os efeitos terapêuticos da cannabis em 2012, quando buscava aliviar o sofrimento de pacientes que, mesmo submetidos a cirurgias e a todas as medicações disponíveis no mercado, continuavam a sentir dor. Ele passou a prescrever remédios à base da erva em 2015.

Diversos estudos comprovaram que o CBD pode ser usado no tratamento de crises epilépticas, especialmente as que ocorrem em crianças. Pesquisadores da Universidade da Califórnia anunciaram em maio do ano passado que que conseguiram sintetizar uma substância análoga ao canabidiol (CBD) e obter resultados positivos em cobaias no tratamento da epilepsia.

Além disso, a Sociedade Americana de Química anunciou, também em abril do ano passado,  que já existem evidências que apontam para o uso de CBD no “transporte” de medicamentos para o cérebro, já que a substância consegue transpor a barreira hematoencefálica, que protege o sistema nervoso central.

Entretanto, remédios com THC – substância que altera as funções cerebrais e provoca os mais conhecidos efeitos do consumo da maconha – acima de 0,2% só podem ser comprados com receita médica restrita.

Nas formulações com concentração de THC inferior a 0,2%, o produto deverá ser prescrito por meio de receituário tipo B e renovação de receita em até 60 dias. Atualmente, alguns sites brasileiros vendem óleos que dizem ter o CBD, mas é importante se certificar da qualidade do produto e da veracidade do remédio com um especialista em CBD e no tratamento com canabidiol.

Da Redação, com agência*

*Com Agência de Notícias

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