Em dezembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Bahia exibiu uma perda líquida de 16.349 postos com carteira assinada, decorrente da diferença entre 54.442 admissões e 70.791 desligamentos. Trata-se, portanto, do único mês com saldo negativo no ano. Com este resultado, o estado passou a contar com 1.918.098 vínculos celetistas ativos, uma variação negativa de 0,85% sobre o quantitativo do mês anterior. A capital do estado, Salvador, registrou um saldo negativo de 5.116 postos de trabalho celetista.
De responsabilidade do Ministério do Trabalho e Previdência, os dados do emprego formal foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan).
No mês, o Brasil computou um saldo negativo de 431.011 vagas, enquanto o Nordeste registrou uma perda líquida de 52.018 postos – o que representou quedas relativas de 1,00% e 0,73% comparativamente ao estoque do mês anterior, respectivamente. Ao todo, todas as 27 unidades federativas do país apontaram decrescimento do emprego celetista em dezembro de 2022.
Em termos absolutos, do maior ao menor saldo, a Bahia, com 16.349 vínculos formais eliminados, ocupou a última posição entre os estados nordestinos no mês. Dentre os entes federativos, ficou na 22ª colocação. Em termos relativos, do menor ao maior recuo proporcional, com queda percentual de 0,85%, o estado se situou na sexta posição no Nordeste e na nona no país.
No Nordeste, com encolhimento do número de postos formais em todos os estados da região em dezembro, Sergipe (-1.283 postos) exibiu a menor retração. Em seguida, por ordem crescente da perda, vieram Paraíba (-2.344 vagas), Rio Grande do Norte (-2.965 postos), Piauí (-3.902 postos), Alagoas (-3.911 vagas), Maranhão (-4.874 vínculos), Ceará (-7.004 vagas), Pernambuco (-9.386 postos) e Bahia (-16.349 postos).
Do ponto de vista da variação relativa mensal do estoque, o estado de Sergipe (-0,43%), também o de menor recuo proporcional da região, foi acompanhado por Paraíba (-0,51%), Ceará (-0,55%), Rio Grande do Norte (-0,64%), Pernambuco (-0,69%), Bahia (-0,85%), Maranhão (-0,85%), Alagoas (-098%) e Piauí (-1,23%).
Na Bahia, em dezembro, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo negativo de postos de trabalho celetista. O segmento de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (-591 postos) foi o que menos encerrou vínculos dentre os setores. Em seguida, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-3.014 postos), Serviços (-3.209 vínculos) e Indústria geral (-3.918 vagas) também foram responsáveis pela perda líquida de postos. Por fim, Construção (-5.617 postos) foi o segmento que apresentou a maior perda.
No agregado dos 12 meses de 2022, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, a Bahia preencheu 120.446 novas vagas – aumento de 6,70% em relação ao total de vínculos celetistas do início do mesmo ano. O município de Salvador, por sua vez, registrou 33.666 novos postos no período. O crescimento do emprego celetista também foi observado no Brasil e no Nordeste no acumulado do ano, com 2.037.982 e 385.094 novas vagas, respectivamente.Ainda em termos de saldo acumulado no ano, a unidade federativa baiana continuou à frente das demais do Nordeste, com Pernambuco (+68.912 postos) e Ceará (+67.011 postos) na segunda e terceira posições, respectivamente. Entre as unidades da Federação, o estado se posicionou na quarta colocação. Todos os estados do país registraram saldos acumulados positivos no período. Em termos proporcionais, a Bahia, com alta de 6,70% no ano, ficou na segunda posição dentro da região nordestina, seguindo o estado do Maranhão (+7,70%). No país como um todo, o desempenho relativo baiano posicionou o estado na nona colocação.