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Desenvolvimento de práticas sustentáveis estão em alta na construção civil

Produtos que utilizam bactérias e fungos em suas composições ou que podem ser reaproveitados em outros projetos reduzem o impacto ambiental nas obras

A adoção de práticas sustentáveis está em alta na construção civil. Hoje, existem produtos no mercado que reduzem o impacto deste setor sobre o meio ambiente. Estas tecnologias estão em alta e têm ganhado cada vez mais espaço nos canteiros de obras.  

“Ações sustentáveis são um caminho inevitável para o mundo dos negócios. Quanto maior a consciência da mudança, melhor será a imagem da empresa entre seus clientes e a sociedade”, afirma Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia.

Entre as inovações sustentáveis que estão em alta, o bioconcreto tem se destacado. Produzido a partir de bactérias que se desenvolvem em cápsulas biodegradáveis, o bioconcreto representa grande evolução nas construções.

Entre outras vantagens, a tecnologia tem a capacidade de auto reparar fissuras. Isso acontece a partir do calcário produzido no processo de digestão de oxigênio e lactato de cálcio por parte das bactérias presentes nas estruturas de bioconcreto.

No Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil são desenvolvidas outras soluções para a implementação da biotecnologia nos canteiros de obra, como o uso de Mush em substituição aos tradicionais isolamentos termoacústicos que utilizam lã de vidro, lã de rocha e isopor como matéria prima. 

As placas de mush são produzidas a partir de materiais descartados pela agroindústria, como serragem e bagaço de cana. Esses resíduos se fundem pelo desenvolvimento de fungos, que atuam como uma espécie de cola, dando formato às peças. 

Outra prática que vem ganhando destaque é a construção de overlay, que utilizam estruturas modulares. Elas garantem a reutilização de todo material empregado, sem a produção de resíduos e com uma redução significativa de custos. 

Segundo Tatiana, infraestruturas temporárias são tendência em grandes eventos e permitem uma solução ecológica. “O desafio deste modelo de negócio é executar projetos dentro dos prazos estipulados pelos comitês locais, que normalmente são extremamente curtos. A gestão e experiência da equipe é fundamental, afinal, não podemos atrasar nem um segundo sequer.”

Os impactos na produção de materiais para a construção civil afetam diretamente o meio ambiente. Segundo pesquisa realizada pela ONU, 38% do gás carbônico na atmosfera é oriundo da construção civil, de acordo com a associação World Business Council for Sustainable Development, só a produção de cimento corresponde a 8% das emissões. 

A adaptação à agenda ecológica não é um processo rápido em nenhuma área, muito menos na construção civil. As expectativas e metas sustentáveis continuarão a crescer e as empresas serão cada vez mais cobradas com relação às suas práticas. Quem sair na frente, terá vantagem nessa corrida.

*Colaboração de Press FC

Luis W.

Especialista em publicações diversas. Sempre pronto para analisar as pautas, adaptar ou ajustar os conteúdos.

(Imagem ilustrativa/Freepik)

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(Foto: Elói Corrêa/GOVBA)

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