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Como a taxa Selic impacta o mercado imobiliário?

Ficar por dentro das taxas de juros é essencial para tomar boas decisões na hora de comprar um imóvel

(Imagem ilustrativa/Freepik)

A pandemia do Covid-19 trouxe altos e baixos para o mercado imobiliário, o que pode ser interpretado de diferentes formas. Por um lado, a crise financeira dificultou bastante a compra e venda de imóveis, mas por outro, também foi possível notar uma procura maior no primeiro semestre de 2021, especialmente por causa da Selic, que atingiu o menor valor já registrado. Quando o assunto é o mercado imobiliário, a Selic tem impacto direto, e sempre precisa ser levada em consideração antes de fechar qualquer negócio.

A Selic nada mais é que a taxa básica de juros, uma ferramenta que o governo federal usa para controlar a inflação. Essa taxa pode sofrer até oito variações ao ano, pois existem encontros periódicos do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir entre alterar ou manter os números. Quando eles aumentam, o principal objetivo é diminuir a inflação, algo que costuma ser recorrente durante uma crise econômica.

É por isso que os juros variam tanto ao longo do ano, e quem não aproveitar uma oportunidade com taxas baixas pode acabar se arrependendo pouco tempo depois. A Selic é o que define como serão os financiamentos com bancos e instituições financeiras na hora de comprar um imóvel. Ainda que o valor de casas e apartamentos abaixe, dependendo da taxa Selic, as prestações ainda podem ficar pesadas, então os juros são mais determinantes na aquisição de um imóvel do que o valor do produto em si.

No caso do começo de 2021, o Copom diminuiu a taxa Selic para aquecer a economia novamente e possibilitar que mais pessoas financiassem um imóvel. Conforme o número de vendas foi aumentando, os juros foram acompanhando esse crescimento, para diminuir a circulação de dinheiro, e hoje, já se encontram em porcentagens mais elevadas, atualmente estando na casa dos 11,75%.

Quem tem planos de adquirir um imóvel em um futuro próximo também precisa considerar que os juros pagos em um financiamento não envolvem somente a porcentagem da Selic, mas também impostos adicionais referentes ao banco, margem de lucro variável e proteção contra calotes. No final, o comprador acaba pagando um valor bem mais alto que a taxa Selic, algo que muitas vezes é inevitável, então esperar uma queda nos juros é sempre bom negócio, pois até a menor das variações já faz bastante diferença em um investimento a longo prazo como esse.

*Este conteúdo é de inteira responsabilidade da autora e não representa a opinião do Folha Geral

Alice Bachiega

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

(Imagem ilustrativa/Pexels)

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