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Pedidos de empréstimo para viagem caem 12% após oito meses consecutivos em alta, mostra FinanZero

Variante ômicron e despesas do primeiro trimestre do ano são principais motivos da baixa

(Imagem ilustrativa/Freepik)

Após oito meses consecutivos em alta, janeiro registrou queda de 12% nos pedidos de empréstimo para viagem na comparação com dezembro de 2021, caindo de 251 para 221 pontos. Já no comparativo anual, o primeiro mês de 2022 mostrou crescimento de mais de 120% em relação a janeiro do ano passado nas solicitações de crédito para viagens, subindo de 100 para 221 pontos. Os dados foram divulgados pelo Índice FinanZero de Empréstimo (IFE), relatório mensal produzido pela FinanZero, que mede a demanda de crédito na internet. 

Parte dessa queda está relacionada ao fato do brasileiro ter que pagar as dívidas contraídas no final do ano passado, além de arcar com o vencimento das despesas básicas de todo primeiro trimestre do ano, como os boletos do IPTU, IPVA, material escolar, que passam a ser prioridades no orçamento doméstico.

Além disso, o recrudescimento da pandemia, causado pela variante ômicron, colocou em xeque a retomada da indústria de viagens e turismo, neste primeiro trimestre. Após ganhar fôlego em 2021 com o avanço da vacinação –- de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil encerrou o ano passado com alta de 21,1% no Índice de Atividades Turísticas — o setor de turismo se deparou com o desafio das desistências ou adiamento das viagens de janeiro e do cancelamento do carnaval, causados pela nova variação do vírus de covid-19. 

Apesar da baixa, entidades do segmento olham de maneira otimista para a indústria turística, neste ano. De acordo com dados  da ABAV – Associação Brasileira de Agências de Viagem – as expectativas para 2022 de forma geral são positivas, mesmo com a retração prevista para o primeiro trimestre. Em levantamento realizado com associados, a instituição apontou que um terço das empresas esperam faturamento 60% maior neste ano ante o ano anterior. Outros 27% esperam alta de 50%.

Alice Bachiega

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

(Imagem ilustrativa/Freepik)

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(Foto: Sesab)

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