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Comprar carro não é considerado investimento

Entenda as diferenças e veja como se planejar financeiramente para adquirir um veículo

(Imagem ilustrativa/Freepik)

Ao contrário do que muita gente pode pensar, comprar um carro não é considerado um investimento. No decorrer do tempo, há a depreciação do valor do bem no mercado de compra e venda, ao contrário do conceito de investimento, que tem o propósito de fazer o dinheiro aplicado render. Compreender a diferença é necessário para fazer as melhores escolhas com o dinheiro disponível.

Conforme ressaltado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), o conceito de investimento está diretamente relacionado à obtenção de retorno financeiro sobre um montante aplicado. Independente de ser no curto, médio ou longo prazo, quem investe espera receber algum lucro no futuro.

O carro não se enquadra na categoria, sobretudo, quando é adquirido para uso próprio, no dia a dia. O proprietário deve considerar o desgaste natural das peças ao longo do tempo e os gastos necessários para manter o veículo em bom estado de funcionamento. Quando bem conservado, o automóvel pode ser revendido por um bom preço, mas não é comum obter lucro na transação. 

O deslocamento, contudo, é uma parte essencial das preocupações cotidianas da população. Embora o trabalho remoto e as possibilidades de home office tenham se popularizado, outros aspectos da vida requerem mobilidade. Nesse sentido, ter um carro pode significar mais conforto, praticidade e autonomia. 

Devido ao elevado custo de propriedade do carro, a orientação é para que os consumidores examinem com cuidado a aquisição, a partir da ótica do planejamento financeiro. É preciso estar atento no momento de decidir comprar, vender ou trocar um automóvel, tendo em mente as necessidades e os recursos disponíveis. A recomendação é ser realista quanto às expectativas e analisar os custos e benefícios. 

De acordo com as informações sobre educação financeira divulgadas pela Bolsa de Valores do Brasil (B3), o ideal é que as despesas mensais com o carro não ultrapassem 30% do orçamento. A porcentagem vale, também, para o parcelamento de um eventual financiamento, já que gastar mais pode comprometer a renda, fugindo da chamada “dívida saudável”. 

Investir pode ser o primeiro passo para a compra do carro

A lógica do investimento é aumentar os recursos financeiros ao longo do tempo. Segundo a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), a prática tem início com a organização das finanças. O planejamento facilita compreender como é possível economizar dinheiro, considerando a realidade pessoal ou da família, para criar o hábito de poupar.

Ainda de acordo com a Abefin, o valor economizado deve ser investido. Assim, é possível fazê-lo render e realizar sonhos materiais no curto, médio ou longo prazo, o que pode ser a compra de um bem, como carro ou casa, a realização de uma viagem, o pagamento da faculdade dos filhos e tantas outras alternativas.

Para isso, a orientação é estudar sobre os investimentos. Saber o que é renda variável e a diferença para renda fixa, conhecer a rentabilidade e a liquidez de cada produto financeiro, informar-se sobre os riscos inerentes às operações são fundamentais para o investidor iniciante.

Segundo a B3, na renda fixa, o Tesouro Direto Prefixado é uma opção que pode ser favorável para metas de médio prazo, como a aquisição de um carro. Este título público tem uma taxa de rentabilidade imutável no decorrer do período de investimento. Já na renda variável, ações e fundos de investimento, embora envolvam maior risco, apresentam maior potencial de rentabilidade. 

De modo geral, as orientações da B3 são para que o investidor diversifique a carteira, equilibrando aportes conservadores e outros mais arrojados, para alcançar a quantia necessária para a compra do automóvel.

Manutenção em dia segura a queda de valor do bem

A Planejar destaca a importância da manutenção para que o carro não perca tanto valor ao longo do tempo e possa ser revendido por um preço justo, ainda que não dê lucro.

Fazer os reparos necessários assim que os problemas aparecem, enquanto ainda são pequenos e rápidos, é uma maneira menos onerosa de manter o veículo em dia. Além disso, é preciso encaixar as despesas no orçamento para evitar dores de cabeça no futuro.

De acordo com a Planejar, só o fato de o carro sair da concessionária já reduz o seu valor em até 20%. A desvalorização que os veículos passam deve ser considerada pelo consumidor antes de decidir se vale a pena fechar negócio. Gastos com depreciação, manutenção, seguro e combustível precisam ser colocados na ponta do lápis.

Segundo as informações da B3, para pessoas que quase não saem de casa ou que têm facilidade para usar o transporte público da região, a aquisição do carro pode não ser de primeira necessidade.  

Por outro lado, se as viagens de deslocamento são necessárias e o serviço de transporte público da região é ineficaz, a compra do carro pode ser essencial. Além disso, há pessoas que têm o sonho de ter um automóvel para mais conforto ou segurança. A decisão sempre será do consumidor, que deve apenas estar atento ao controle de suas finanças.

Luis W.

Especialista em publicações diversas. Sempre pronto para analisar as pautas, adaptar ou ajustar os conteúdos.

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