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Pinacoteca mostra o passo a passo das esculturas de metal de Rodin

Instituição está nos últimos dias de uma mostra itinerante sobre o escultor francês que mudou a arte moderna

Auguste Rodin, nascido em Paris, na França, em novembro de 1840, foi um escultor cujo trabalho teve uma imensa influência sobre a arte moderna. Ao contrário da maioria dos artistas famosos, ele não se tornou conhecido até os 40 anos, mesmo desenvolvendo seus talentos criativos desde a adolescência – ele passou duas décadas trabalhando em artes decorativas. 

Morto em 1917, já reconhecido, ele deixou grandes obras esculpidas que hoje estão espalhadas pelo mundo, como a controversa Era do Bronze, exposta em 1877, e Portas do Inferno, um monumento com várias esculturas, incluindo O Pensador (1880) e O Beijo (1882). 

A Pinacoteca de São Paulo, no bairro da Luz, possui dez obras do escultor francês – que fazem parte do catálogo da mostra itinerante Figura e Modernidade: Rodin no Acervo da Pinacoteca de São Paulo (até 29 de junho), que esteve em Campinas e Botucatu, no interior do estado. É a única instituição brasileira que possui exemplares do artista. 

Depois de adquirir A Musa Trágica (1890-92), em 1995, no contexto de uma exposição em parceria com o Museu Rodin, em Paris, a Pinacoteca passou a ter uma relação intensa com o escultor nos anos seguintes: recebeu O Gênio do Repouso Eterno (1899-1902) do acervo do Shopping Iguatemi ainda em 1995 e, posteriormente, foi incorporando peças como Torso Masculino do Beijo (c. 1886), Torso do Filho de Ugolino (1882), Bacanal (1880-1990), Musa de Whistler – Estudo para o Monumento “Tipo C” (c. 1905-1906), Torso da Sombra (1880), Toalete de Vênus e Andrômeda (c.1890-1987), A Sacerdotisa (c. 1899-1995) e Homem que Caminha sobre Coluna (1877-1990).

Na esteira das celebrações da mostra, a Pinacoteca publicou uma espécie de manual de como produzir uma escultura em metal usando ferramentas simples, como uma esmerilhadeira e uma seladora, em sete etapas: desde a modelagem em gesso até o esfriamento do material. O processo não é tão fácil e exige técnicas específicas, mas demonstra também o gênio criativo de Rodin.

Não é a primeira vez que a Pinacoteca se debruça sobre o escultor francês: em 2001, duas mostras dedicadas a ele atraíram mais de 300 mil pessoas à instituição paulistana: Auguste Rodin: Esculturas e Fotografias e A Porta do Inferno a grande obra de Rodin que, na ocasião, vinha pela primeira vez à América Latina. Além da Porta, a Pinacoteca apresentou ainda 43 esculturas em bronze, 25 desenhos e 10 fotografias.

Da Redação, com agência*

*Com Agência de Notícias

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