em

Automedicação dentária: entenda os riscos

A automedicação, mesmo que para problemas simples, pode causar efeitos colaterais e até mesmo mascarar sintomas de situações mais complicadas

A automedicação é um hábito comum em muitas pessoas, principalmente entre brasileiros, e isso se estende também à área odontológica. A automedicação dentária é quando uma pessoa busca soluções para seus problemas bucais sem a orientação de um profissional da área, como dentistas. No entanto, esse hábito pode trazer muitos riscos tanto para a saúde bucal quanto para a saúde geral do corpo.

Riscos para a saúde bucal

Um dos principais riscos da automedicação dentária é o agravamento do problema bucal. Isso porque, em muitos casos, as pessoas utilizam medicamentos que não foram desenvolvidos para o problema que estão enfrentando ou que não possuem a dosagem correta, o que pode levar a diversas complicações. Por exemplo, um analgésico comum pode aliviar temporariamente a dor de um dente cariado, mas não resolverá o problema em si, e o quadro pode se agravar, inclusive levando à necessidade de um tratamento de canal.

Outro problema que pode ocorrer é a utilização de medicamentos com efeitos colaterais indesejados, como reações alérgicas, intoxicações ou irritações na mucosa bucal. Esses efeitos podem afetar não só a saúde da boca, mas também do organismo como um todo, comprometendo a saúde geral do paciente.

Além disso, a automedicação dentária pode mascarar sintomas de problemas mais graves, como câncer bucal, e retardar o diagnóstico e tratamento adequado. Por isso, é importante consultar um profissional de odontologia regularmente para prevenir e tratar problemas bucais.

Riscos para a saúde geral

A automedicação dentária também pode trazer riscos para a saúde geral do paciente. Isso porque muitos medicamentos que são utilizados na odontologia possuem interações com outros medicamentos ou condições de saúde. Por exemplo, um antibiótico que é utilizado para tratar uma infecção dentária pode interferir com a eficácia de outros medicamentos que o paciente esteja tomando para tratar outra condição.

Além disso, a automedicação pode prejudicar a saúde do paciente, caso ele possua alguma condição de saúde preexistente, como alergias, doenças cardíacas ou diabetes. Isso porque muitos medicamentos utilizados de forma equivocada podem agravar essas condições, gerando complicações e riscos à saúde do paciente.

Em vista desses riscos, é importante ressaltar a importância da consulta com um profissional da odontologia antes de utilizar qualquer medicamento ou produto para a saúde bucal. Os dentistas são os profissionais capacitados para avaliar o quadro clínico do paciente e indicar o melhor tratamento, levando em consideração não só a saúde bucal, mas também a saúde geral do paciente. Dessa forma, é possível evitar problemas e garantir um tratamento eficaz e seguro para a saúde bucal.

Para evitar a automedicação dentária, é fundamental manter uma rotina de cuidados com a saúde bucal, como a escovação regular dos dentes, uso do fio dental e visitas regulares ao dentista. A faculdade de odontologia é uma instituição de ensino que tem como objetivo formar profissionais capacitados para atuar na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças e problemas bucais. Durante a graduação, os estudantes de odontologia aprendem sobre as diferentes condições bucais e suas formas de tratamento, bem como sobre os medicamentos e produtos utilizados na odontologia e além da interação entre medicamentos e condições preexistentes, para que o diagnóstico não cause nenhum efeito colateral ou agravamento das condições do paciente.

Laura Fassina

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Ainda dá pra fazer empréstimos pelo Caixa Tem?

(Imagem ilustrativa/Freepik)

Fazenda solar: tudo sobre a energia sustentável e compartilhada