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Mitos e verdades sobre o Câncer de Mama

Geneticista responde às principais dúvidas sobre a doença

O câncer de mama é o segundo câncer mais incidente entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que cerca de 66 mil novos casos da doença sejam diagnosticados no Brasil em 2022. O risco de desenvolver o câncer de mama aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos.

A campanha Outubro Rosa busca conscientizar acerca do câncer de mama e de sua prevenção. Sendo uma doença que acomete muitas pessoas, é esperado que existam dúvidas a seu respeito. Pensando nisso, o Dr. David Schlesinger, médico e doutor em genética, comenta sobre os principais mitos e verdades sobre o câncer de mama.  

(Imagem ilustrativa/Freepik)
(Imagem ilustrativa/Freepik)

1. O câncer de mama não tem cura

Mito. Quanto antes o tumor for detectado, maior é a chance de cura do câncer de mama. Se diagnosticado em estágio inicial, as chances de cura desse tipo de tumor podem chegar a 95%.

O tratamento para o câncer de mama envolve a atuação em conjunto de especialistas de diversas áreas, que criam um plano de tratamento que é adequado para cada paciente. As opções de tratamento dependem de vários fatores e podem incluir quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

Apesar das grandes chances de cura em pacientes com tumores iniciais, o câncer de mama é a principal causa de mortes por câncer na população feminina no Brasil e por isso requer campanhas de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce. A taxa de mortalidade em 2020, ajustada à população mundial, foi de 11,84 óbitos a cada 100.000 mulheres, de acordo com o INCA. Segundo a mesma instituição, foram registradas quase 18 mil mortes por causa da doença no Brasil em 2020.

2. O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um nódulo na mama

Verdade. O sintoma mais comum presente em mais de 90% dos casos é um nódulo, que normalmente é indolor, endurecido e fixo. Também podem aparecer outros sinais, como inchaço em parte da mama, irritação ou irregularidades na pele (que lembram a casca de uma laranja), dor, vermelhidão, descamação ou inversão do mamilo.

3. Quem faz autoexame das mamas, não precisa realizar outros exames

Mito. O autoexame pode ajudar na  detecção de alterações na mama, mas ele não substitui os exames clínicos, pois pode ter algumas limitações, como, por exemplo, não detectar tumores muito pequenos.

Alterações suspeitas nas mamas podem ser avaliadas pelo exame clínico que é feito por um médico. Além disso, recomenda-se que, mesmo sem sintomas, mulheres a partir dos 40 anos façam anualmente o exame clínico das mamas e aquelas entre 50 e 69 anos, com baixo risco, realizem mamografia, pelo menos, a cada dois anos. 

4. Apenas mulheres têm câncer de mama

Mito. Homens também podem ter câncer de mama, mas são casos mais raros (representam apenas 1% dos casos).

5. Remédios caseiros, chás e alguns alimentos específicos podem prevenir o câncer de mama

Mito. Nenhum alimento, chá ou remédio caseiro pode, milagrosamente, prevenir ou curar o câncer. De maneira geral, algumas medidas ajudam uma pessoa a se manter mais saudável, como praticar regularmente atividades físicas, ter uma alimentação balanceada, manter o peso corporal adequado, e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas. Porém, apenas um médico pode avaliar cada caso individualmente para entender o risco de desenvolver o câncer de mama e sugerir medidas preventivas ou terapêuticas, especialmente quando se tiver histórico familiar ou alterações genéticas associadas ao câncer de mama.

6. O câncer de mama pode ser hereditário

Verdade. Em cerca de 10% dos casos de câncer de mama, as mutações associadas à doença são hereditárias, ou seja, foram transmitidas de pais para filhos . Mutações herdadas dos pais e presentes em genes como BRCA1 e BRCA2 aumentam consideravelmente o risco de desenvolver câncer de mama feminino e masculino. Alterações nesses genes também podem elevar o risco de desenvolver tumores no ovário, na próstata, no pâncreas e na pele (melanoma).

Mesmo sem histórico familiar da doença, é possível que uma pessoa tenha mutações nesses genes que podem aumentar as chances da doença. Hoje é possível saber o risco genético para o câncer de mama através de um teste genético que pode ser feito em casa: o meuDNA Premium.  O meuDNA Premium analisa alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, que elevam significativamente o risco de câncer de mama. 

Além disso, o mesmo teste  identifica a predisposição genética a outros tipos de câncer e doenças genéticas. O meuDNA Premium é uma potente ferramenta para ajudar na detecção precoce do câncer de mama hereditário, permitindo agir antes mesmo de a doença surgir.

Luis W.

Especialista em publicações diversas. Sempre pronto para analisar as pautas, adaptar ou ajustar os conteúdos.

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