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São Paulo percebe crescimento na marcação de consultas eletivas

Segurança em relação à vacinação alavanca retorno a consultórios

(Imagem ilustrativa/Freepik)

A capital paulista tem verificado o aumento na taxa de pessoas que marcaram as chamadas consultas eletivas, que são aquelas consultas com especialidades médicas agendadas previamente. Ao contrário dos casos de emergência e urgências, as consultas e cirurgias eletivas foram suspensas, por conta da pandemia do novo coronavírus, com exceção apenas aos casos de pacientes com doenças crônicas, mulheres grávidas e crianças. A demanda reprimida resultou em mais de dois milhões de atendimentos no primeiro semestre de 2021 – 75% do total de todos os atendimentos do ano anterior, de acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Segundo números do Conselho Federal de Medicina (CFM), no Brasil foram 27 milhões de procedimentos suspensos.

A suspensão das cirurgias e consultas eletivas foi um esforço do Ministério da Saúde, em conjunto com a Agência Nacional de Saúde, para que houvesse uma maior oferta de leitos para infectados pelo novo coronavírus. Além disso, foi uma forma de também manter as pessoas afastadas do contato com ambientes hospitalares, onde poderiam se infectar, e até mesmo de preservar equipamentos de proteção individual. 

O aumento nos atendimentos presenciais se deu especialmente pela segurança das pessoas de retornarem às atividades cotidianas, devido ao alto índice de vacinação contra a Covid-19 na cidade, bem como o aumento na oferta de leitos para os casos cirúrgicos. São Paulo já aplicou mais de 20 milhões de doses dos imunizantes, tendo 100% da sua população de 18 anos ou mais já vacinada com pelo menos a primeira dose. 

A preocupação com a saúde, apesar de não ter sido deixada de lado durante este tempo de isolamento, mostrou-se ainda mais forte, em decorrência das campanhas de conscientização como a do “outubro rosa”, alertando a sociedade e principalmente as mulheres quanto à prevenção do câncer de mama, e o “novembro azul”, que conscientiza os homens quanto à prevenção do câncer de próstata. Com isso, muitas pessoas são impulsionadas para a realização de consultas e exames.

A retomada dos atendimentos tem como forte aliada a telemedicina, ferramenta virtual que, por meio de videoconferências, permite que o médico possa realizar uma consulta remotamente – ferramenta largamente utilizada durante a pandemia para atender pacientes que não poderiam se deslocar para os hospitais e que sofriam de sintomas leves de Covid-19, que certamente ajudará na realização das consultas que ficaram suspensas. Mesmo não sendo ainda capaz de substituir certos procedimentos que precisam da presença do paciente, ao menos, ajudará neste momento de recuperação.

Alice Bachiega

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

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