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Marburg: entenda o que é esse vírus fatal que ainda não possui vacina

A preocupação da OMS é a de que o vírus se espalhe rapidamente

(Imagem ilustrativa/Unsplash)

Um homem morreu na Guiné no início de agosto por um vírus conhecido, mas que há algum tempo não era visto pelas autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estamos falando do vírus de Marburg, considerado um primo do Ebola. 

Desde então, mais de 150 pessoas são monitoradas no país africano. Esse caso chega ao país junto com casos de coronavírus, da mesma forma como aconteceu no ano passado, na República Democrática do Congo, só que com o Ebola. 

É importante ressaltar que o último grande surto do vírus Marburg aconteceu em Angola, em 2005. Desde então, os casos são raros, mas extremamente fatais. A doença do vírus de Marburg é transmitida às pessoas por morcegos frugívoros. Entre os humanos ela é transmitida através de fluidos corporais. Atualmente não existe vacina capaz de combater o Marburg.

Angélica Collado, colunista do portal especializado Saudável&Forte, afirma que os sintomas conhecidos da doença são: febre altíssima, dor de cabeça, conjuntivite, dor muscular, vômitos com sangue e sangramentos. “Os médicos que trabalham diretamente no caso acreditam que se a pessoa tomar bastante água e tratar os sintomas de forma específica, ela terá mais chances de sobrevivência”, afirma.

(Imagem ilustrativa/Unsplash)
(Imagem ilustrativa/Unsplash)

A preocupação da OMS é a de que o vírus se espalhe rapidamente. Portanto, já foram ativados os sistemas de segurança existentes na Guiné e nos países vizinhos para controlar a proliferação do mesmo. 

A seguir respondemos as principais dúvidas sobre o vírus Marburg:

Surgimento do vírus

O vírus leva esse nome pois foi descoberto pela primeira vez em 1967, em um laboratório na cidade alemã de Marburg. Depois, foi encontrado também em laboratórios de Frankfurt e Belgrado. Na época, sete pessoas morreram da doença. Ela foi transmitida através de macacos infectados por morcegos oriundos de Uganda. 

Transmissão do vírus

Como falado no texto acima, ele é transmitido através de morcegos frugívoros. Eles são considerados os hospedeiros naturais do vírus.

Quando um humano é infectado pelo vírus, ele pode repassar através do contato direto com fluidos corporais. É por isso que o vírus é tão rápido e tão mortal.

Período de incubação

A doença pode ficar escondida no corpo de 2 a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Sintomas

Os sintomas são muito parecidos com a malária, cólera e outras febres hemorrágicas virais. São eles: dores musculares e de cabeça; conjuntivite; dor de garganta; vômito; diarréia e sangramento. 

Tratamentos

Até o momento não existem tratamentos aprovados ou vacinas para combater a doença. No entanto, a OMS possui 50 laboratórios de biossegurança de nível 4 (o mais alto em precauções) ao redor do mundo. 

Eles trabalham especificamente para o desenvolvimento de diagnósticos, terapias e possíveis vacinas. 

Mortalidade

Segundo a OMS, a taxa de mortalidade foi de 24% a 88% durante epidemias anteriores. A mais letal de todas aconteceu em Angola, em 2005, com 374 infectados e 329 mortos.

Nax R.

Colaboradora do Folha Geral. O conteúdo é de inteira responsabilidade da autora e não expressa a opinião do Folha Geral

(Imagem ilustrativa/Freepik Premium)

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