em

Saiba como prevenir o HPV bucal

Também chamado de vírus do papiloma humano, a doença é transmitida principalmente por meio do sexo oral desprotegido

(Imagem ilustrativa/Freepik Premium)
(Imagem ilustrativa/Freepik Premium)

O HPV bucal é um vírus que acomete a mucosa da cavidade oral e causa lesões nas laterais da língua, lábios e palato – mais conhecido como céu da boca –, mas os sintomas também podem se estender para todos os demais tecidos da região.

Também chamado de vírus do papiloma humano, a doença é transmitida principalmente por meio do sexo oral desprotegido. Neste cenário, o microrganismo infecta os pacientes que apresentam cortes ou feridas aftosas na boca.

No entanto, existem evidências que apontam a possibilidade do vírus ser transmitido por meio do beijo ou através do contato com objetos de higiene pessoal, como toalhas de banho, roupas íntimas e até o próprio banheiro – quando não há a limpeza adequada do cômodo.

Essa é uma enfermidade que precisa ser tratada com cuidado, pois ela é capaz de causar diversas complicações e, entre elas, o aumento da probabilidade de desenvolver o câncer na região bucal e na garganta.

Por isso, o uso de um convenio odontologico é fundamental para auxiliar na identificação deste tipo de feridas e para o encaminhamento da biópsia e do tratamento adequado, em conjunto com um infectologista.

Como identificar o problema?

O HPV bucal é normalmente uma doença silenciosa, sendo que a infecção é muitas vezes descoberta apenas quando acontece o aparecimento de alguma complicação, como o câncer de boca.  

Contudo, em raras circunstâncias, ele pode apresentar sintomas nos tecidos orais por meio de feridas pequenas que se assemelham a verrugas esbranquiçadas, ásperas e indolores. 

Essas lesões podem aparecer sozinhas ou em grupo, também sendo capazes de adquirir um tom avermelhado ou com a cor exata do tecido bucal.

Durante as consultas odontológicas – que podem ser facilitadas com o uso de um plano odontologico –, o dentista consegue identificar essas feridas e encaminhar o paciente para a biópsia.

Essas verrugas se desenvolvem, ainda, na garganta e orofaringe, podendo se transformar em câncer – principalmente em pacientes do sexo masculino, tabagistas e que consumam bebidas alcoólicas com frequência.

Assim, é importante se atentar aos principais sintomas do câncer de boca, como:

  • Dificuldade na deglutição;
  • Inflamação da garganta;
  • Tosse constante;
  • Dores na região do ouvido;
  • Gânglios linfáticos inchados;
  • Rouquidão constante;
  • Feridas bucais que não desaparecem em até duas semanas.

Ainda que este tipo de ocorrência seja mais comum em homens mais velhos (pois a doença costuma demorar anos para se desenvolver), essa complicação também pode ser vista em mulheres e em pessoas mais jovens.

Por isso, é imprescindível a procura por uma avaliação profissional sempre que o paciente notar algum desses sinais.

Diagnóstico e tratamento

Como dito anteriormente, o diagnóstico pode ser feito por um dentista – com a ajuda de um plano dental para MEI – ou um infectologista. 

Após isso, é necessário realizar os exames clínicos ou a biópsia das feridas orais, para a identificação do tipo de vírus que é o causador dos sintomas.

Isso porque existem mais de 150 variações do vírus do HPV, mas aproximadamente 40 podem acometer o trato ano-genital e 24 que afetam a região bucal. Os mais propensos a desenvolver o câncer são o HPV 16, 18, 31, 33 e 35.

Formas de tratar

Normalmente, o próprio sistema imunológico combate a contaminação e reverte o quadro, sem que paciente sequer note o problema. 

Até por isso, muitas pessoas que possuem o vírus não sabem que estão infectadas e, consequentemente, não podem proteger o parceiro.

Mas quando as lesões não desaparecem sozinhas, o dentista deve encaminhar o paciente para um clínico–geral, urologista ou ginecologista para a remoção das verrugas por meio do uso de lasers, cirurgias, crioterapia (quando a lesão é congelada e cai) ou com uso de medicação antiviral e antineoplásica.

Após todos os tratamentos necessários, é preciso repetir os exames para garantir a eliminação de todas as lesões. 

Contudo, o vírus do HPV é muito difícil de ser removido por completo do organismo e, por isso, demanda cautela e é considerado uma doença sem cura. Assim, é possível que o vírus volte a se manifestar.

Prevenção

Por todos esses motivos, a prevenção é a melhor forma de garantir a plena saúde e evitar complicações mais sérias.

Assim, algumas prevenções no cotidiano são capazes de reduzir consideravelmente o risco de contaminação.

O uso de preservativos – inclusive durante o sexo oral –, ainda que não impeça a transmissão de forma completa, é essencial para a redução desse risco. 

A realização do teste de IST ‘s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) também é fundamental, ao menos uma vez ao ano.

O uso dos benefícios de um plano odontologico para MEI pode, ainda, facilitar as visitas constantes ao dentista – o que viabiliza o diagnóstico precoce da doença e agiliza o tratamento.

Essas visitas devem ser feitas uma vez a cada seis meses, ou sempre que a pessoa perceber alguma anormalidade na cavidade bucal.

Além disso, esse tipo de acompanhamento oferecido pelo plano odonto empresarial também é extensível para familiares ou dependentes do titular, o que garante também a saúde dos parceiros.

Ainda assim, a melhor forma de evitar a contaminação por HPV é por meio da vacinação. 

Esse medicamento preventivo é disponibilizado tanto pela rede pública de saúde quanto pelos hospitais particulares. O método pode ser utilizado por todos os pacientes, independentemente de já ter tido a doença ou não. 

Inclusive, a aplicação pode ser feita a partir dos 9 anos em meninas e 11 nos meninos, de modo a preservar a integridade e garantir a ação da vacina.

Conteúdo colaborativo de Conviva Melhor para o Folha Geral

(Foto: Sesab)

Bahia registra 1.210 novos casos de Covid-19 e mais 53 óbitos pela doença

(Foto: Fernando Vivas/GOVBA)

Colheita do algodão na Bahia este ano deve chegar a 520.363 toneladas