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O que fazer quando o dependente químico não quer se tratar?

Nesse cenário, muitas vezes a família se vê sem alternativas e sofre junto do dependente

(Imagem ilustrativa/Freepik)
(Imagem ilustrativa/Freepik)

Grande parte dos dependentes químicos desejam sair das drogas, mas não reconhecem a relação de dependência e acabam não procurando tratamento. Nesse cenário, muitas vezes a família se vê sem alternativas e sofre junto do dependente.

A dependência química é um problema que não afeta somente o usuário, mas sim também a família, os amigos e todos ao redor. Quando o usuário não se enxerga como dependente e recusa-se a realizar o tratamento para dependente químico, muitas vezes a família acaba cedendo e tornando-se um grande aliado no consumo.

Veja também: Conheça as fases da dependência química

Com medo de que isso aconteça, as famílias possuem grandes dúvidas sobre o que é possível fazer para ajudar o dependente químico e quando é necessário optar por uma internação involuntária:

Tenha calma e passe confiança

Por mais que seja um momento extremamente difícil e doloroso, antes de mais nada é importante que a família não se desespere e passe toda a segurança e confiança de forma calma, para que o dependente se sinta acolhido e respeitado.

Nos casos de dependência química é muito comum o afastamento do usuário com a família, por isso é importante que os familiares tragam o dependente para perto.

É fundamental pesquisar acerca do vício, dos seus malefícios e das formas de tratamento e posterior a isso, sentar para conversar e expor de forma clara e objetiva todas as suas preocupações.

Escolha palavras de apoio

Nesse momento de conversa e exposição das preocupações para o dependente, é imprescindível que palavras de apoio e incentivo sejam utilizadas.

Evite conflitos, brigas e o uso de palavras negativas, isso pode afastar o dependente, prejudicando a convivência e tornando ainda mais provável que ele não procure ajuda.

O ponto não é compactuar com os erros e tornar-se cúmplice do vício, mas sim oferecer confiança e suporte na busca por tratamento, em uma clínica de reabilitação, por exemplo.

Não faça acusações

É importante que durante a conversa as acusações não sejam feitas, por mais que os sentimentos estejam à flor da pele é ideal ter controle emocional para utilizar as melhores palavras, e aproximar o dependente ao invés de afastá-lo e afundá-lo ainda mais no vício.

Fazer acusações, impor castigos duros e fazer comparações é um péssimo caminho, troque tudo isso por incentivos e por solidariedade.

Procure ajuda

É interessante também que o familiar procure por profissionais especializados em tratamentos para dependente químico, todo o preparo e experiência do profissional serão fundamentais para auxiliar nesse processo.

Opte por uma internação involuntária

Por fim, caso seja necessário, se o dependente químico não deseja se tratar e oferece perigo a si mesmo ou para as pessoas ao seu redor, optar por uma internação involuntária pode ser o melhor caminho.

*Este conteúdo é uma colaboração para o Folha Geral

Nax R.

Colaboradora do Folha Geral. O conteúdo é de inteira responsabilidade da autora e não expressa a opinião do Folha Geral

(Imagem ilustrativa/Freepik)

Conheça as fases da dependência química

(Foto: Sesab)

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