Não é brincadeira: em todo o mundo, o número de pessoas infectadas pela Covid-19 só cresce diariamente. Assim como a Viação UTIL, que circula por diferentes lugares, o novo coronavírus tem quebrado fronteiras e faz novas vítimas ao longo do país.
Diariamente, o Ministério da Saúde e o governo do estado de São Paulo realizam entrevistas coletivas, transmitidas virtualmente em diferentes canais e redes sociais, para atualizar os números da pandemia no país.
Até o dia 8 de abril, por exemplo, o país havia registrado 133 mortes associadas ao novo coronavírus no período de 24 horas, elevando o número total de óbitos para 800 e de 15.927 infecções confirmadas.
Com índice de letalidade de 5% e os idosos, os imunossuprimidos e os doentes crônicos (obesos, diabéticos, hipertensos, cardiopatas, etc.) considerados como população de risco, a Covid-19 ainda não atingiu o pico no país. Mais pessoas devem se infectar entre os meses de abril e maio, quando se especula que seja o ápice da contaminação.

São Paulo
O estado é o que registra o maior número de casos confirmados, sendo 59% de todos os registros do país até a primeira semana de abril e mais de 400 óbitos. Porta de entrada de muitos estrangeiros que chegam ao país, São Paulo foi o primeiro a registrar contaminação.
Para tentar frear a pandemia, diversas medidas foram adotadas, como a quarentena oficial até o dia 22 de abril, a construção de hospitais de campanha para atender os enfermos de menor gravidade e o conserto e aquisição de ventiladores mecânicos, fundamentais para o suporte à vida dos pacientes mais graves.
Rio de Janeiro
A incidência de turistas estrangeiros e a precariedade enfrentada no sistema de saúde são algumas das justificativas para o grande número de casos de contaminação pelo novo coronavírus no estado.
A demora da resposta do governo em isolar a população e o número de cidadãos vivendo aglomerados nas comunidades também colaborou para a disseminação da Covid-19 em todo o estado, atingindo 58 cidades e mais de 2.400 diagnósticos positivos.
Um olhar especial para o Amazonas
A população indígena preocupa as autoridades de saúde, pois ela tem baixa imunidade contra vírus, em especial as comunidades com pouco contato com o mundo exterior.
O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta já manifestou publicamente sua preocupação com a contaminação de indígenas. Atualmente, o Brasil conta com 800 mil índios de 300 grupos étnicos.
Até a primeira semana de abril, sete casos de contaminação pelo novo coronavírus haviam sido registrados entre indígenas da região Norte, colocando estados como Roraima, Acre e Amazonas em alerta.
Demais estados afetados
O novo coronavírus se espalha rapidamente e os números podem sofrer alterações diárias, mas, até agora, além das regiões citadas anteriormente, os estados brasileiros mais afetados pela pandemia são:
- Distrito Federal;
- Ceará;
- Paraná;
- Rio Grande do Sul;
- Pernambuco;
- Bahia;
- Alagoas;
- Minas Gerais,
- Espírito Santo.
Dados do Ministério da Saúde de 8 de abril informam que apenas o Tocantins não registrou óbitos por causa da Covid-19 até o momento.
Epidemias conjuntas
Reportagem divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo no dia 9 de abril apontou a preocupação do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, com o risco de o país viver epidemias simultâneas, como Covid-19 somada ao sarampo, gripe ou dengue.
Estados como Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Acre e Distrito Federal apresentaram mais de 300 casos de dengue a cada 100 mil habitantes, o que é suficiente para ser considerado uma epidemia. Isso é preocupante porque sobrecarrega e estressa o sistema de saúde. Pelo histórico da doença no país, o auge dos casos de dengue ocorre no mês de abril, enquanto o de Covid-19 está sendo aguardado para o trimestre composto por abril, maio e junho.