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Tendência de locais pet friendly cresce e atrai clientela cada vez maior

Quase metade dos donos de animais já deixaram de frequentar algum lugar por não poder levar seus pets, aponta pesquisa

(Imagem ilustrativa/Divulgação)

Quem tem um bichinho de estimação sabe que esses animais são como membros da família. Em muitos casos, o apego do dono ao pet é tão grande que hábitos cotidianos passam a incluir a presença do parceiro de quatro patas, e usar a coleira se torna uma constante. É de olho nesse público que o setor de comércio e serviços tem buscado se adaptar, adotando cada vez mais o conceito de pet friendly, ou amigo dos pets.

Segundo levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2013, o Brasil possui a quarta maior população pet do mundo, com 132,4 milhões de animais. A pesquisa levou em consideração cães, gatos, aves e algumas espécies exóticas, como répteis. Com isso, há quem diga que há mais animais de estimação do que crianças nos lares brasileiros. E, se depender dos donos desses pets, eles também devem passar a frequentar ambientes comerciais.

Uma pesquisa realizada pelo SPC (Serviço de Proteção ao Consumidor) sobre os hábitos de consumo dessa população revelou que 61% dos donos de pets veem seus animais como membros da família. Ainda de acordo com o estudo, 62% deles afirmaram sentir falta de espaços que possibilitam a permanência desses animais, o que inclui lojas, centros comerciais, bares e restaurantes.

Mercado bilionário

Por trás desses números, está um mercado bilionário, com um faturamento de R$ 18,9 bilhões em 2016, crescimento de 4,9% ante o ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). O montante representa 0,37% no PIB brasileiro, colocando o país como um dos três que mais gastam e investem em animais de estimação no mundo.

Do total de donos de pet no Brasil, a Abinpet avalia que 71% deles são donos de cães, 21% de gatos, 4,4% de pássaros e 2% de peixes. A maior parte deles (67%), revela pesquisa feita pela associação, adotou esses animais e 50,5% possuem mais de um pet dentro de casa. Outros 14,5% afirmaram possuir 4 ou mais animais.

Com isso, a predominância da adoção não é empecilho para um mercado em franca expansão. Estima-se que o mercado pet tenha crescido 10% na venda de produtos especializados, entre 2017 e 2018, com previsão de crescimento de outros 6,9% em 2019, segundo avaliação do Instituto Pet Brasil. Entre os principais produtos consumidos estão rações (73%).

Em serviços, a Abinpet aponta que 25,4% dos criadores de animais domésticos entrevistados durante seu levantamento tenham gastado algum dinheiro com vacinas nos meses que se antecederam à pesquisa, realizada em 2017 com 1.874 homens e mulheres de todas as regiões do país e de todas as classes sociais. Outros 15,6% mencionaram gastos com banho e tosa. O gasto médio mensal, afirma a associação, foi de R$ 100 para 57% dos entrevistados e de mais R$ 200 para outros 19%.

Poder de barganha

Com tanta movimentação financeira, os donos de animais de estimação têm conseguido uma verdadeira revolução no setor de comércio e serviços. Para 58,5% dos entrevistados pela Abinpet, o fato de estabelecimentos aceitarem animais é importante para que os donos decidam frequentar ou não um determinado local. Outros 48% afirmaram que já deixaram de frequentar ou de ir a algum lugar que não aceitava animais.

Aderir ao modelo pet friendly, contudo, exige cuidados. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) destaca, por exemplo,  a necessidade de avaliar a viabilidade de adequar o espaço para receber esses animais, disponibilizando infraestrutura mínima, como recipientes com água e comida e saquinhos de lixo. Além disso, estabelecimentos como restaurantes e padarias devem estar atentos às regras da vigilância sanitária. Nesses casos, a entrada dos pets fica restrita às áreas externas.

“Se você não está disposto — pelo menos por enquanto — a fazer as adaptações necessárias no espaço físico, uma dica é pensar em eventos especiais para atrair este público. Você pode organizar encontros ao ar livre para que os donos possam passear com seus pets e interagir uns com os outros. Isso ajudará a divulgar e fortalecer sua marca”, aconselha o Sebrae.

(Imagem ilustrativa/Divulgação)

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