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Estudo aponta que, ao treinar um braço, o outro também é fortalecido

Pesquisadores ainda avaliam se a técnica pode evitar atrofia de membro sem movimento

(Imagem ilustrativa/Freepik Premium)

Imagine pegar peso na academia apenas com o braço esquerdo e o direito também ganhar força, mesmo sem ter feito flexão alguma. Parece uma vantagem dos sonhos para quem deseja ganhar massa, mas estudos mostram que esse processo é real e acontece no corpo humano. De acordo com a pesquisa, apesar do desenvolvimento de ambos os membros não ser proporcional, ele acontece e representa uma boa ajuda para quem busca hipertrofia.

Os pesquisadores de Chile, França e Austrália testaram 18 homens e 12 mulheres, com idades entre 18 e 34 anos, para o estudo, e parte deles ficou com um dos braços imobilizado, realizando o treinamento do outro. O aumento de força depois de um mês com um braço enfaixado foi presente na parcela de participantes que realizaram exercícios classificados como excêntricos.

Os excêntricos são aqueles movimentos nos quais a concentração do esforço está no alongamento do músculo, como quando, em uma flexão de bíceps, o braço se estica para baixo com o peso na mão. O contrário deste movimento é a contração constricta, que acontece quando o haltere é levado até o ombro, fazendo com que o músculo encurte.

(Imagem ilustrativa/Freepik Premium)
(Imagem ilustrativa/Freepik Premium)

As contrações contritas também são importantes para o condicionamento dos membros, porém, no caso da pesquisa em questão, a parte dos testados que se dedicaram aos movimentos excêntricos obteve melhor resultado no outro braço.

O aumento de força no membro imobilizado é explicado pelos cientistas como resultado do  trabalho em conjunto de outras partes da musculatura, que, apesar de não estarem sendo claramente flexionadas, também são tensionadas para que o movimento seja possível. O trabalho dessas outras partes do corpo é permitir a sustentação, postura e equilíbrio do corpo como um todo e da parte executada. Portanto, regiões como costas, trapézio e até mesmo o braço oposto são exercitadas e fortificadas.

Resultados do estudo

Depois de um mês utilizando a tipoia durante oito horas por dia, exceto em momentos específicos, como na hora do banho e para dormir ou dirigir, os participantes que realizaram contrações excêntricas tiveram a circunferência e força dos membros registradas novamente e comparadas com períodos anteriores ao teste, sendo concluído o desenvolvimento muscular.

Os cientistas ainda não conseguem concluir se o estímulo conseguiria evitar atrofia de membros que não têm movimentos, melhorando as chances de recuperação de acidentados ou desenvolvimento de pessoas com deficiência, mas o estudo abre portas para investigar se o cérebro é capaz de enviar sinais significativos a outras partes do corpo, a partir da movimentação de um conjunto de músculos.

(Foto: Ascom/Sefaz)

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