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Leilões de imóveis crescem 25% no ano com juros baixos

Aumento é resultado de maiores procuras por diversificação e preços 60% mais baixos

(Imagem ilustrativa/Freepik)

A combinação entre a crise econômica e a taxa de juros mais baixa já registrada –  atualmente, em 2,25% ao ano – possibilitou que o mercado de leilão de imóveis ganhasse fôlego. De acordo com a Associação da Leiloaria Oficial do Brasil, o número de certames cresceu, pelo menos, 25% em 2020.

O fenômeno em si não é novo. Normalmente, o setor é beneficiado nos momentos de crise por conta dos valores praticados. Há certames, por exemplo, que apresentam casas e apartamentos com até 60% de desconto em relação aos preços em compras diretas no mercado imobiliário. 

“Mesmo com imóveis de valores mais acessíveis [referentes aos preços antes da pandemia], muitas pessoas buscavam uma negociação melhor, queriam economizar na compra para realizar outros investimentos, como o de melhoria no próprio bem. Agora, por conta da crise, podemos dizer que os proprietários estarão mais dispostos a isso, bem como os interessados em comprar, também. Afinal, não sabem quando poderão encontrar bons preços novamente, e a tendência é de alta com a retomada da economia nos próximos anos”, ressalta Adonias Reis, corretor imobiliário. 

O aumento da oferta de imóveis, devido à inadimplência, também contribui para a alta nas procuras e participações. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), atualmente há um recorde de famílias endividadas no Brasil, com 67,1% delas.

Casas e apartamentos nessas condições compõem cerca de 80% dos certames e são parte da carteira de bancos e instituições que financiaram a construção. Assim, para as pessoas que possuem recursos suficientes para a compra, há a relação entre a facilidade de participar dos arremates de casa e a variedade de lotes oferecidos.

De acordo com profissionais da área, as vendas fechadas em um leilão de casas e outros imóveis registraram 30% de crescimento em relação aos meses anteriores à pandemia. Segundo pesquisa conduzida pela consultoria Brain Inteligência Estratégica, 47% das pessoas ainda desejam adquirir um imóvel em 2020.

(Imagem ilustrativa/Freepik)
(Imagem ilustrativa/Freepik)

Condições especiais

Para aquecer o setor imobiliário e civil, a Caixa Econômica Federal anunciou uma série de medidas especiais para as compras de imóveis em 2020. A primeira foi a concessão da possibilidade de que pessoas físicas e jurídicas adiem parcelas de financiamentos por três meses, além de anteciparem o recebimento de certos recursos.

Há, ainda, um período de seis meses de liberação entre a compra e o início dos pagamentos de novos contratos de financiamentos. Com as ações, a instituição financeira pretende injetar aproximadamente R$ 43 bilhões na economia para mitigar os efeitos da doença no setor financeiro.

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