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Demanda do mercado externo anima produtores de grãos e mantém ritmo da colheita no oeste baiano

Muitos setores da economia brasileira foram afetados com a chegada do novo coronavírus. No entanto, a preocupação do mercado global com um possível desabastecimento, motivou a demanda de grandes volumes de produtos agropecuários, com destaque para a carne bovina, frango, algodão e soja. A redução da demanda de grãos por parte de alguns países europeus, […]

(Foto: Divulgação)

Muitos setores da economia brasileira foram afetados com a chegada do novo coronavírus. No entanto, a preocupação do mercado global com um possível desabastecimento, motivou a demanda de grandes volumes de produtos agropecuários, com destaque para a carne bovina, frango, algodão e soja. A redução da demanda de grãos por parte de alguns países europeus, por conta da desaceleração da atividade econômica provocada pela pandemia, foi compensada pela abertura de novos mercados para a produção nacional.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Esta realidade influencia fortemente no ânimo dos agricultores do oeste baiano, que estão em pleno período de colheita.  Nas fazendas, o intenso vai e vem de máquinas e caminhões indica que as atividades estão ocorrendo com normalidade. “A colheita vem transcorrendo da melhor maneira, confirmando as previsões otimistas do início do ano”, disse o produtor Odacil Ranzi. Em relação às negociações com o mercado externo, o produtor enxerga o futuro com otimismo. “As tradings continuam transportando as cargas até o porto e, lá, embarcando normalmente para várias partes do mundo. O que nós produzimos é item de primeira necessidade para os compradores. É a força do agro alavancando novamente o Brasil”, afirmou.

Odacil garantiu que os agricultores estão tomando todas as providências dentro das propriedades para que o trabalhador possa exercer seu ofício com segurança. Ele confirmou que, assim como boa parte dos produtores, vai continuar somando esforços contra o Covid-19, com a manutenção de medidas restritivas de acesso às fazendas e a concessão de férias coletivas para os trabalhadores após a safra.

Apesar do atraso no ciclo chuvoso, que ocorreu entre dezembro e janeiro, a expectativa dos produtores da região é de uma supersafra em 2020, alcançando, segundo o Conselho Técnico da Aiba, 5,8 milhões de toneladas de soja e 1,2 milhão de toneladas de milho. “A produtividade da soja vai ficar acima das 60 sacas por hectare e a produção vai atingir a segunda melhor média da história”, apontou, Luiz Stahlke, assessor de agronegócio da Aiba, que também vê boas perspectivas para o milho.

No cenário nacional, a safra deve atingir o patamar estipulado no 7º Levantamento da Safra, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção de grãos, estimada em 251,9 milhões de toneladas, deve atingir 251,8 milhões de toneladas produzidas em uma área de 65,1 milhões de hectares cultivados. A soja contribui com 122,1 milhões de toneladas, enquanto o milho apresenta 101,9 milhões de toneladas. Os sinais de recuperação da China, com a crescente demanda por alimentos, após a crise do novo coronavírus, deve manter aquecido o mercado de negociação de grãos.

(Foto: Agência Pública)

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Imagem ilustrativa (Foto: Freepik)

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