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Estudo aponta que Brasil tem quase 1 milhão de lojas on-line

Modalidade cresceu 37,5% em um ano; mais da metade das lojas virtuais também estão presentes nas redes sociais

(Imagem ilustração/Freepik)

O estudo Perfil do E-Commerce Brasileiro, realizado em parceria entre BigData e PayPal, detectou 930 mil sites voltado ao comércio eletrônico no ano de 2019. Trata-se de um aumento de 37,5% no segmento em comparação com o levantamento realizado no ano anterior. 

Dentro da amostragem, que analisou 23 milhões de sites nacionais, 7,93% dos e-commerces observados recebem mais de 500 mil visitas mensais e têm faturamento superior aos R$ 100 milhões. 

Na primeira edição do levantamento, feita em 2015, os e-commerces representavam apenas 2,65% dos sites avaliados, o que representava 7%  à época. O comparativo dos dados ao longo dos anos demonstra não só uma transformação do consumidor online, mas também o amadurecimento da estrutura operacional das lojas onlines que propiciam a maior confiança para o shopper.

Oportunidade para pequenos empreendedores digitais

Ainda segundo o estudo, o ambiente das compras online é dominado por e-commerces menores, com até 10 mil visitas mensais, que foram responsáveis pela entrada de novas 250 mil lojas neste mercado (participação de 88,77%).

Os segmentos e nichos que podem ser explorados dentro do e-commerce são praticamente inesgotáveis: com apenas poucos cliques, consumidores podem adquirir desde roupas para pets até uma coroa para velório. Praticamente toda e qualquer necessidade básica de consumo pode ser sanada através das compras online, desde que a loja virtual esteja apta a proporcionar uma experiência de compra focada em comodidade, agilidade e atendimento.

Também é fundamental considerar o perfil do novo web shopper brasileiro. Dados do  High Tech Retail® 2019: A Tecnologia no Comportamento de Compra do Brasileiro demonstram que os millenials serão, em um futuro muito próximo, a maior parcela economicamente ativa do Brasil. 

Este público em especial aprecia as mais recentes plataformas de pagamentos digitais que dispensam o uso de cartões de crédito e um atendimento cada vez mais personalizado. 

Jovens e antenados, estes compradores atentos apreciam a integração de canais que proporcionem um momento quase individualizado de consumo e atendimento, indo além da qualidade e da apreciação do produto adquirido. Para os millennials, sua boa experiência de compra e atendimento assertivo e eficiente são fatores básicos de sua rotina de compras.

Considerando tecnologias que influenciam no comportamento de consumo nos e-commerces, as vendas mobile merecem muita atenção. Segundo o 39º Relatório Webshoppers (Ebit | Nielsen), os smartphones e outros dispositivos móveis foram responsáveis por 42,8% das compras online efetuadas apenas durante o mês de janeiro de 2019. Por isso, um site de e-commerce responsivo a esses aparelhos têm maiores chances de converter suas vendas. 

Ainda segundo o estudo, as categorias com mais volume de pedidos efetuados no e-commerce durante o ano de 2018 foram Cosmético, Perfumaria e Saúde com 16% das vendas, Moda & Acessórios (13,6%), Casa e & Decoração com 11,1%. Os eletrodomésticos, que representaram 10,6% do volume de vendas, formam o segmento com maior faturamento (19,6%) chegando a um tíquete médio de R$ 804,00. 

Outro dado importante no cenário do e-commerce brasileiro é a publicidade. O Perfil do E-commerce brasileiro também mostra que 65% das lojas online do Brasil possuem seus perfis nas redes sociais. 

Segundo o Ad Spend 2019 (estudo especializado em mercado digital) realizado pela Interactive Advertising Bureau, um terço de todo o investimento publicitário realizado no Brasil durante o ano de 2018 foi direcionado aos meios digitais. O faturamento do setor chegou à casa dos R$ 16,2 bilhões.

A grande disputa pelo público-alvo dentro do e-commerces pode trazer também novas oportunidades sólidas de empreendimento ou de recolocação profissional. O próprio mercado do marketing digital adjacente aos bons resultados do varejo eletrônico também exige assessoria e orientação de profissionais capacitados para destacar marcas e produtos em meio a inúmeros concorrentes.

Em  linhas gerais, o e-commerce pode e irá atrair talentos e empreendedores para seu universo, assim como conquistará um grande número de consumidores cada vez mais confortáveis para comprar pela internet e experimentar uma forma de consumo independente e atualizada.

(Foto: Camila Souza/GOVBA)

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