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Dependência química é tema de debate gratuito em Salvador

O verão é uma época de muitas festas, praia e calor, elementos que podem levar a um estímulo do consumo de álcool e outras substâncias. O que é mera diversão para muitas pessoas pode se tornar um sofrimento para os dependentes químicos, especialmente quando a ideia de alegria e prazer está associado ao consumo de […]

Ilustração. Foto: Divulgação

O verão é uma época de muitas festas, praia e calor, elementos que podem levar a um estímulo do consumo de álcool e outras substâncias. O que é mera diversão para muitas pessoas pode se tornar um sofrimento para os dependentes químicos, especialmente quando a ideia de alegria e prazer está associado ao consumo de substâncias psicoativas. Ainda coberta de tabus e desconhecimento, a dependência química é um transtorno que causa muitos danos à vida de quem sobre do problema, mas possui tratamento e pode ser controlado. Para ajudar a desmistificar o tema, a primeira edição do Encontros Holiste de 2020 vai tratar desse assunto, no dia 22 de janeiro.

O evento é gratuito, com vagas limitadas, e as inscrições estão abertas. O encontro conta com a palestra do psiquiatra Mateus Freire e da psicóloga Liz Fernanda, profissionais que atuam na Holiste Psiquiatria, promotora do debate.

Quando se fala em dependência química, há muitas dúvidas sobre o papel do tratamento medicamentoso, tema abordado por Mateus Freire, que fará uma revisão sobre os tratamentos que possuem maior nível de evidência, atualmente, para alguns dos quadros de dependência a substância psicoativas.

“Ao contrário das demais patologias psiquiátricas, as opções para transtornos por uso de substâncias ainda são escassas”, frisa Mateus. “Também vamos abordar os fatores que levam à prescrição de medicamentos para usuários de drogas, tentando fazer uma distinção entre as indicações médicas e fatores socioculturais que influem nesse processo. Por fim, é importante ressaltar que o tratamento da dependência química é necessariamente multidisciplinar, que nenhuma proposta terapêutica, incluindo a medicação, é suficiente por si só, e que as melhores evidências apontam para abordagens que favoreçam a socialização e a formação de conexões entre o indivíduo e seu contexto”, ressalta o psiquiatra.

O papel da família, que muitas vezes adoece junto com o paciente, no tratamento da dependência química também é um tema delicado, mas importante, visto que a recuperação dos laços familiares pode ser difícil, mas é crucial. O assunto será abordado pela psicóloga Liz Fernanda.

“Na maioria das vezes a família é a porta de entrada para o tratamento porque o paciente já está em um ciclo de uso da substância sem controle.  A família acaba adoecendo junto, se sente desestruturada, e a importância da conscientização sobre a doença e da busca pela ajuda profissional faz toda a diferença nesse processo”, afirma Liz Fernanda.

O Encontro Holiste ocorre na próxima quarta-feira, às 19h, no auditório da Holiste Psiquiatria, em Pituaçu. O evento é gratuito e as inscrições devem ser feitas pelo link holiste.com.br/encontros-holiste

Ilustração. Foto: Divulgação

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Ilustração. Foto: Arquivo Folha Geral/Freepik

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