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Brechó de luxo, online e por segmento: como e por que esse tipo de comércio ampliou seu sucesso

Peças únicas e preços baixos são atrativos para os fãs de moda

Um antigo modelo de comércio que vem ganhando cada vez mais espaço entre os amantes de moda é o de brechós. Com artigos de todos os tipos, desde roupas até objetos para casa, essas lojas estão, inclusive, no comércio on-line.

De diferentes tipos e atraindo os mais diversos públicos, os brechós têm sido responsáveis por grandes mudanças na maneira de consumo — encabeçada pelas novas gerações, principalmente os millennials —, e, agora, para muitos, são considerados a primeira opção na busca por peças de luxo.

Consumo sustentável

De acordo com uma pesquisa realizada em 2019 pela ThredUp, empresa norte-americana de roupas de segunda mão, a tendência é que até 2028, nos Estados Unidos, o consumo de mercadorias usadas esteja perto de US$ 64 bilhões, ao lado de US$ 44 bilhões movimentados pelo fast fashion.

Esses números fazem todo o sentido se comparados com o atual comportamento dos jovens consumidores, que atrelados a uma maior preocupação com a origem e formas de produção do que consomem, optam por produtos já existentes no mercado.

A internet lidera como lugar onde as peças e lojas conseguem atingir consumidores, que, na maioria das vezes, já sabem o que buscar e fazem questão de priorizar vendedores com atendimento personalizado.

Além das lojas on-line que invadiram o Instagram e de grupos específicos no Facebook, os brechós de luxo investem em lojas físicas, localizadas em pontos nobres dos centros urbanos.

Com pontos de venda especializados, os clientes encontram bolsas, sapatos, roupas e demais acessórios com curadorias exclusivas e preços que chegam a 50% do valor original das peças.

Personalidade em foco

A chegada das marcas de fast fashion democratizou o acesso às tendências de moda, fazendo com que mais pessoas consumissem produtos com informação das passarelas e diversidade de estilos.

O lado negativo veio à tona com todas as denúncias de exploração de trabalho, modos de produção agressivos contra o meio ambiente, além do excessivo número de descarte de materiais feitos de maneira negligente.

Com uma queda no consumo dessas marcas, os jovens aproveitaram para reparar que os estilos nas ruas estava, por regra, padronizado. Todos estavam usando o mesmo tipo de calça, as mesmas cores de camiseta, os mesmos modelos de tênis…

Essa pausa para reflexão movimentou não só as feiras de troca, colocando em circulação todo o excesso de roupas parado nos guarda-roupas, mas também o advento dos brechós on-line.

Com identidades visuais bem específicas, os consumidores são estimulados a comprar de acordo com seu estilo pessoal, criando eles mesmos novas linguagens estéticas e linkando suas personalidades ao tipo de roupa que optam por usar.

Algo parecido aconteceu com as tribos urbanas nos anos 2000, que foram dissolvidas em leituras mais individuais, deixando de lado os uniformes de grupo para uma expressão mais adequada com o daily mood de cada um.

Uma das propostas da moda, afinal de contas, é poder brincar com diferentes versões de si mesmo, experimentando sempre algo novo — até quando seu estilo é o mais básico possível.

Vintage é chic

O conceito de peça vintage surgiu para se referir a peças de roupa e acessórios que remetiam aos anos 20, 30, 40, 50 e 60… Com o passar do tempo, o termo foi se popularizando para identificar peças antigas que resgatam uma estética temporal específica.

Hoje, considera-se vintage uma peça fabricada há mais de 20 anos, geralmente assinada por algum designer renomado e em ótimo estado de conservação. As tendências retrô — como o olhar atual para os anos 90 — são adaptações dessas estéticas em peças novas.

Os brechós de luxo investiram pesado nesse tipo de produto, realizando curadorias de bolsas e roupas de marcas de luxo, conquistando clientes de gosto clássico e elegante.

Muitos desses brechós também trabalham com serviços de locação de produtos, outra tendência ainda em crescimento no Brasil. Através deles, é possível alugar uma bolsa, por exemplo, por um período de 7 dias. A vantagem é poder trocar semanalmente o modelo, experimentando diferentes visuais, sempre com produtos originais de marcas renomadas internacionalmente.

(Foto: Divulgação)

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(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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