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Liderança: a importância das mulheres em cargos de gestão

Pesquisas apontam que diversidade é essencial para criação de empresas de maior impacto positivo e performance

(Imagem ilustrativa/Freepik)

Você já deve ter escutado alguém defendendo o quanto é necessário promover no mercado de trabalho a equidade de oportunidades e a inclusão feminina, além de reduzir diferenças entre cargos e salários, para minimizar preconceitos culturais.

Isso porque a luta por igualdade de gêneros, inclusive dentro das organizações, não é de hoje. Felizmente, o cenário atual revela uma evolução em comparação a décadas atrás. É cada vez mais comum encontrarmos mulheres ingressando em áreas profissionais que há muito tempo foram consideradas exclusivas para o sexo masculino. O curso de Engenharia Civil é um exemplo dessa mudança, onde a participação feminina tem sido cada vez maior no setor.

No entanto, mesmo com esses indicadores positivos e espaços ocupados, as mulheres continuam a enfrentar desafios quando se trata de conquistar cargos de liderança. Do preconceito ao estilo de liderança, que costuma ser mais focado na influência do que no comando, têm impedido que mulheres talentosas ocupem as cadeiras mais altas nos negócios. 

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apenas 39,4% das mulheres estão em cargos de chefia atualmente, e isso mostra que ainda há um longo caminho a ser explorado. O que muitos gestores, infelizmente, não se dão conta é das inúmeras contribuições que a liderança feminina pode trazer para as organizações. Veja a seguir algumas delas. 

(Imagem ilustrativa/Freepik)
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As vantagens e a importância das mulheres em cargos de liderança

Estilo de liderança

Resiliência, empatia na solução de conflitos, flexibilidade, abertura para cooperação, criatividade, maior visão sistêmica para tomada de decisões e perfil multitarefas. Essas são algumas características femininas que podem agregar e fazer toda a diferença para uma organização.

Melhor desempenho

A presença de mulheres em cargos de liderança também pode impulsionar a performance de uma empresa em relação aos princípios socioambientais. É o que indica uma pesquisa feita na FGV, pela mestranda Monique Cardoso, somente com empresas brasileiras. Segundo o estudo, observando apenas as companhias que têm bom desempenho ambiental, a proporção de empresas com mulheres em cargos de liderança é de 54%. Já no recorte social fica em 53%.

Entretanto, essa maior diversidade de gênero no mundo corporativo não é só uma questão de boas práticas. De acordo com a pesquisa Diversity Matters: América Latina, realizada pela McKinsey & Company, companhias com maior diversidade de gênero em cargos de chefia têm 14% mais chances de apresentar resultados acima da média do mercado. Além disso, as empresas percebidas pelos funcionários como tendo diversidade em termos de gênero têm probabilidade 93% maior de superar a performance financeira da concorrência.

Colaboradores mais felizes

Ainda de acordo com a McKinsey & Company, as empresas que adotam a diversidade tendem a superar outras empresas em práticas de negócios como inovação e colaboração, e seus líderes são melhores em promover a confiança e o trabalho em equipe. Elas também costumam ter ambientes de trabalho mais felizes e uma melhor retenção de talentos. 

Representatividade feminina

A ocupação desses cargos pelas mulheres é uma forma de representatividade. As lideranças femininas viram referência e motivam outras mulheres a ocuparem esses postos de trabalho hierarquicamente superiores, além de ser um espelho para as novas gerações. 

Alice Bachiega

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

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