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Em alta, renda fixa é opção para guardar dinheiro em 2023

Após recorde de emissões em 2022, produtos da categoria devem seguir como favoritos entre investidores brasileiros este ano

Após bater o recorde de emissões no ano passado, os produtos de renda fixa devem seguir como os favoritos dos investidores brasileiros em 2023. Isso porque as projeções econômicas apontam indicadores favoráveis para a rentabilidade da categoria, que já tem a vantagem de oferecer maior segurança em comparação com a renda variável.

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), a emissão de títulos de renda fixa somou quase R$ 500 bilhões em 2022. O valor representa o aumento de 6,6% em comparação com 2021 e é o maior observado desde 2012, quando a Associação iniciou os registros. 

O maior interesse dos brasileiros por ter uma carteira de investimento em renda fixa foi justificado pela conjuntura econômica de juros e inflação elevados. A rentabilidade dos produtos da categoria está atrelada à Selic, fixada em 13,75% ao ano; ao IPCA, que encerrou 2022 em 5,79%; e ao CDI, que acompanha a taxa básica de juros.

Perspectivas

As perspectivas para 2023 apontam um cenário ainda favorável à renda fixa. Embora a expectativa seja de redução dos juros e da inflação no médio prazo, tal processo deve ocorrer gradativamente, por isso, a Selic e o IPCA devem se manter em patamares elevados.

De acordo com o Relatório Focus mais recente, publicado pelo Banco Central em 17 de março, a projeção é que a taxa básica de juros Selic encerre 2023 em 12,75% ao ano. Já o IPCA, índice da inflação oficial, deve ficar acumulado em 5,95%. 

Planejamento para aumentar o patrimônio financeiro

Os produtos de renda fixa têm como uma das principais características a definição da rentabilidade no momento da aquisição, como explica a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). Dessa forma, o investidor conhece qual será o retorno financeiro no momento em que realiza o investimento.

A rentabilidade pode ser pré-fixada ou pós-fixada. No primeiro caso, é definida por um percentual no momento da aplicação. No segundo, acompanha o comportamento de um índice ou taxa, como o IPCA, o CDI e a Selic, que também é definido previamente.

De acordo com a Abefin, a previsibilidade de retorno financeiro e as garantias oferecidas pelos emissores dos produtos de renda fixa contribuem para que a categoria seja considerada mais segura em comparação com a renda variável, que tem opções com maior volatilidade, como é o caso de ações e criptomoedas.

Os investimentos em renda fixa são indicados para quem deseja aumentar o patrimônio financeiro no médio e no longo prazo para o cumprimento de diferentes objetivos, como pagar a faculdade dos filhos, realizar uma viagem em família ou assegurar a tranquilidade financeira durante a aposentadoria.

Onde investir?

Conforme as informações do mercado financeiro, o Tesouro Selic é uma alternativa de investimento em título público que se mostra atrativa em 2023, considerando que a rentabilidade é atrelada à taxa básica de juros. O papel ainda tem vantagens como a liquidez diária, o que facilita o resgate do dinheiro em espécie pelo investidor, e a garantia de cobertura do governo federal.

Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) também são alternativas para investir, já que a rentabilidade é atrelada à taxa CDI, que acompanha o comportamento da Selic. No caso dos papéis que pagam acima de 100% do CDI, o investidor terá uma remuneração superior à taxa de juros.

Nem todos os CDBs possuem liquidez diária, por isso, é necessário buscar a informação sobre o prazo de resgate antes de investir. Os certificados são emitidos por bancos e têm a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores de até R$ 250 mil. 

As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs) são outras opções dentro da renda fixa. Emitidas por bancos e instituições financeiras, possuem rentabilidade também atrelada ao CDI e cobertura do FGC. 

Em comparação com os CDBs, as LCIs e LCAs apresentam a desvantagem de, quase sempre, exigir um aporte inicial mais alto. Mas possuem a vantagem de serem isentas do imposto de renda.

Fernanda Teodoro

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

(Imagem ilustrativa/Freepik)

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