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Poupança: porque não é mais uma boa ideia?

Para entender porque a poupança não é uma boa opção de investimento, é necessário entender primeiro como ela funciona; continue lendo

(Foto:  Andre Taissin/Unsplash)
(Foto: Andre Taissin/Unsplash)

A poupança não é mais uma boa ideia, no entanto, uma grande parte dos brasileiros, principalmente os que possuem mais de 50 anos ainda possuem parte de seu dinheiro aplicado nesse tipo de investimento.

A poupança foi criada no país em 1861 e se popularizou porque por muito tempo representou o único produto de investimento acessível à população em geral, no entanto, atualmente existem vários outros produtos mais rentáveis e acessíveis. Para saber mais sobre a poupança, leia este conteúdo até o final!

Como funciona a poupança?

Para entender porque a poupança não é uma boa opção de investimento, é necessário entender primeiro como ela funciona, para depois compararmos com outros tipos de investimentos que podem ser melhores.

A poupança é uma aplicação de renda fixa, que é criada para que o dinheiro seja utilizado apenas no futuro e, enquanto isso, ele possa se valorizar. A rentabilidade da poupança é definida por lei e varia de acordo com a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.

O rendimento da poupança é atrelado a essa taxa, quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR), se a Selic estiver igual ao abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é 70% da Selic mais a variação da TR.

Com a modernização e a digitalização dos processos, se tornou possível investir no Tesouro Direto, que nada mais é que a dívida pública da união, um dos títulos disponíveis está atrelado à Taxa Selic e tem seu rendimento igual ao valor dela, dessa forma, o investidor pode, correndo o mesmo risco da poupança, ter uma rentabilidade superior ao aplicar seu dinheiro nesse título.

Taxa Selic

Como comentado anteriormente, a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Através do Tesouro Direto, que é um programa do Tesouro Nacional, desenvolvido em parceria com a Bolsa de Valores (B3) para realizar a venda de títulos públicos para pessoas físicas de forma 100% online, é possível investir em títulos que são relacionados a ela a partir de R$ 30,00.

No momento em que esse texto está sendo escrito, existem 11 opções de títulos públicos para que as pessoas físicas possam aplicar seu dinheiro, entre elas, 3 são taxas prefixadas, 2 são pós fixadas, sendo elas relacionadas a Selic e 6 são pós fixadas, sendo elas relacionadas ao IPCA + uma taxa de juros prévia.

Cada uma delas possui rentabilidades e vencimentos diferentes, sendo esses dois parâmetros relacionados um ao outro. No caso da Selic, existe a opção de investir no tesouro 2025 ou no tesouro 2027.

Título prefixado e IPCA+

O título prefixado, como o próprio nome já fala, possui uma rentabilidade já acordada no momento da sua compra, os três que estão disponíveis têm uma rentabilidade anual de aproximadamente 13%, que será o retorno financeiro obtido pelo investidor, ao investir, desde que ele resgate o título somente no vencimento.

Dessa forma, vão ocorrer oscilações, tanto positivas, quanto negativas, de acordo com a taxa de juros para o título prefixado, no entanto, caso o investidor mantenha seu dinheiro aplicado até o ano de vencimento, ele será remunerado com aproximadamente 13% de rentabilidade, a depender do título escolhido.

Para o título IPCA +, ele está atrelado a inflação ou seja, de acordo com a evolução da inflação naquele período de tempo, o investidor terá uma maior ou menor rentabilidade, o objetivo das pessoas que compram esse título é se proteger de aumentos inflacionários e manterem ou aumentarem um pouco seu poder de compra, já que a maioria dos títulos está rendendo o IPCA mais aproximadamente 6% de juros.

Outros investimentos em renda fixa

Os investimentos comentados acima são todos relacionados a dívida pública e o credor é o governo do Brasil, no entanto, existem outras aplicações de renda fixa, entre elas estão:

  • CDB;
  • LCI/LCA;
  • CRI/CRA;
  • Debêntures;
  • Letras de Câmbio.

Cada um desses possui credores privados, por exemplo, quando você compra um CDB, seja ele pós ou prefixado, o devedor costuma ser um banco, já para LCI ou LCA, seu dinheiro está sendo aplicado em letras de crédito imobiliários, no caso da LCI e letras de crédito do agronegócio, no caso da LCA, sendo investido em empreendimentos desses ramos.

Para esses títulos, é muito importante entender quem é o credor e qual a saudabilidade do negócio dele, pois, podem existir elevadas remunerações em renda fixa, mas isso só costuma ocorrer, quando o risco também é alto, nesse caso, da dívida não ser paga e de você não ser remunerado.

Um último ponto sobre renda fixa é que muitos dos títulos são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos, que cobre até R$ 250 mil investidos no total, sendo esse o valor máximo por pessoa, antes de investir, para ter mais segurança, você pode observar se existe essa garantia ou não.

Fundos imobiliários

Entrando na renda variável, o investimento mais comum para quem não está acostumado a grandes oscilações é em fundos imobiliários. Existem vários tipos de fundos, entre eles de shoppings, hospitais, logísticos, entre outros, cada um deles possui características distintas.

No entanto, ao investir neles, você terá uma parte daquele determinado imóvel e vai obter seus rendimentos tanto a partir da valorização do fundo quanto através dos dividendos, pago a partir dos aluguéis dos inquilinos do fundo.

Um dos principais benefícios desse tipo de aplicação é que a maioria dos fundos distribui dividendos mensalmente, ou seja, você pode ter uma renda passiva mensal através do recebimento dos dividendos desse investimento, diversificando seu dinheiro em vários imóveis de segmentos diferentes com uma quantidade infinitamente menor do que se você fosse comprar uma casa ou apartamento para receber o aluguel.

Ações

Ao investir em ações, a pessoa se torna sócia de uma determinada companhia e pode ganhar dinheiro a partir da distribuição de dividendos e também através da valorização das ações.

Para que as ações se valorizem, é necessário que a empresa tem uma boa performance financeira e operacional naquele determinado período de tempo.

Aurora

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