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Intenção de tomar crédito para pagamento de dívidas cresce 29%

Estudo ainda revela que quase metade dos entrevistados pretende solicitar algum tipo de empréstimo nos próximos três meses

(Imagem ilustrativa/Freepik)

A alta dos juros e a inflação elevada sobre itens essenciais na cesta de despesas dos brasileiros diminuíram o consumo e encurtaram o orçamento de muita gente, favorecendo o aumento do endividamento no país. De acordo com a última pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), hoje o país conta com quase 12 milhões de famílias endividadas. Destas, 25,6% afirmaram que já estão com as contas em atraso, enquanto 10,1% disseram que não terão condições de pagar as suas dívidas futuras.

O dado vai ao encontro do último levantamento realizado pela FinanZero, que mediu a intenção dos brasileiros de tomar crédito nos próximos três meses. De acordo com o estudo, outubro registrou um aumento de 29% na intenção dos entrevistados em solicitar empréstimo para quitar dívidas na comparação com o mês anterior.  

A pesquisa entrevistou 500 internautas brasileiros, entre os dias 28 de outubro e 4 de novembro. No total, 45% deles disseram que pretendem tomar um empréstimo nos próximos três meses (aumento de 19% na comparação com o mês anterior). Então, quando o estudo perguntou aos entrevistados os motivos para pedir o dinheiro, 47% apontaram para “dívidas”. Em setembro, esse percentual era de 38%.

Para o sócio-diretor de marketing da FinanZero, Cadu Gudi, períodos de crise, como o que os país está atravessando, contribuem para o aumento do nível de endividamento e inadimplência da população, o que se reflete em um aumento das contratações de crédito. Nesse contexto, o empréstimo surge como uma alternativa positiva. Contudo, é preciso planejamento e cautela para escolher o empréstimo ideal e condizente com as necessidades de cada solicitante.

“A maior parte do endividamento das famílias está concentrada no cartão de crédito, que, muitas vezes, é utilizado para o pagamento de compras essenciais, como a alimentação. O ponto aqui é que empréstimos feitos via cartão de crédito, cheque especial, entre outras modalidades que, aparentemente, estão próximas do cotidiano do consumidor, possuem as mais altas taxas de juros do mercado. Existem opções que podem ser mais vantajosas do ponto de vista da segurança financeira”, diz Cadu.

Para o executivo, o ponto de partida para a aquisição de um empréstimo seguro (e vantajoso) está em analisar o contrato de cada dívida, fazer as contas e comparar com as ofertas de empréstimo pré-aprovadas que forem oferecidas. 

“Importante ressaltar que, no momento da tomada de crédito, é fundamental considerar o custo efetivo total (CET). Isto é, não só os juros, mas todas as cobranças envolvidas na contratação de um empréstimo, como taxas administrativas e seguros”, conclui Guidi.

Alice Bachiega

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

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