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O que é Open Banking e qual seu impacto no mercado financeiro?

Que tal aprender mais sobre esse movimento? Continue lendo…

O open banking é um conceito inovador que começa a ganhar tração no Brasil. Ela se refere a abertura da tecnologia dos bancos para que outras empresas, como as fintechs, possam criar soluções personalizadas e melhores para os clientes finais. Assim, trata-se de uma resposta direta do mercado à digitalização, que tomou conta das empresas e dos consumidores. Que tal aprender mais sobre esse movimento?

Digitalização do sistema bancário

Antes de tudo, vale destacar o papel da digitalização do sistema bancário no avanço do setor de serviços financeiros. A digitalização não apenas inseriu as pessoas e as empresas em um novo ambiente, mas apresentou novas possibilidades — novas formas de resolver problemas. A descentralização do poder financeiro, que já não se encontra apenas com grandes bancos (principalmente com a ascensão de bancos digitais), possibilitou transformações incríveis:

  • Uma pessoa pode realizar investimentos, como a compra e venda de ações, com alguns toques na tela do celular.
  • E uma empresa pode buscar por uma solução de banking as a service, criando seu próprio banco!

Ou seja, uma realidade nunca antes imaginada e extremamente acessível, concorda?

O que é Open Banking?

O open banking é um conceito que busca tornar o serviço bancário aberto. Ou seja, que bancos e instituições financeiras forneçam a provedores de serviços financeiros terceirizados o acesso às suas plataformas, dados e recursos. Assim, o banco permite que empresas especializadas em tecnologia, criem serviços e soluções de qualidade para suas plataformas e para seus clientes. Desse modo, enquanto o banco e as instituições focam em atender o cliente e organizar sua vida financeira. E esses fornecedores terceirizados focam na criação de soluções tecnológicas alinhadas com as necessidades destes clientes.

O que são APIs do Open Banking?

Essa “abertura” das plataformas dos bancos e instituições financeiras à provedores terceirizados só é possível com uso dos famosos APIs. Ou melhor: Interfaces de Programação de Aplicativos. É uma área compartilhada, que permite que uma plataforma (como o aplicativo do banco) converse com outros sistemas (como as soluções criadas pelos provedores). Eles são amplamente utilizados no meio tecnológico e digital em geral, garantindo assim a atualização das notícias de tecnologia para maior acesso e democratização da informação. Sabe quando você faz o login em uma loja virtual através do login do Facebook ou Google? São APIs destes sites, que permitem essa interação!

Vantagens do Open Banking

Existem incontáveis vantagens do mercado financeiro adotar o open banking. Quer saber quais? Veja só:

  • Redução de custos: o uso de APIs democratiza a criação de soluções financeiras, reduzindo custos para as instituições.
  • Melhora o mercado: com o open banking, há mais espaço para a competição, já que pequenas empresas financeiras podem se destacar por oferecerem soluções inovadoras.

Melhora a oferta para os clientes: com maior liberdade e autonomia, os bancos e instituições podem oferecer serviços mais personalizados, que ofereçam mais vantagens para seus clientes.

(Imagem ilustrativa/Freepik)
(Imagem ilustrativa/Freepik)

Fases de implementação do Open Banking no Brasil 

Uma boa notícia sobre o open banking é que, oficialmente, ele já começou a ser implementado no Brasil. O processo teve início em 1º de fevereiro de 2021, por ordem do Banco Central. São 4 fases que marcam a transformação, que será gradual:

1 – Informações sobre produtos e serviços (1º/02/21)

Nessa primeira fase, ainda não será possível realizar o compartilhamento de dados dos clientes. Porém, aqui ocorre a abertura das informações entre as próprias instituições participantes, como grandes bancos (categorias S1 e S2), agências, caixas eletrônicos e canais de atendimento.

2 – Compartilhamento de dados entre instituições (15/07/21)

Na segunda fase, o cliente poderá compartilhar e solicitar a portabilidade dos seus dados com outros bancos e sistemas de fintechs. Nesse processo, ocorre o Open Banking em seu contexto mais amplo.

3 – Compartilhamento de serviços de pagamento (30/08/21)

Na terceira fase, os clientes poderão ter acesso a serviços de pagamento fora do ambiente do banco, e não apenas nos canais das instituições financeiras.

4 – Expansão para outros produtos e serviços (15/12/21)

Nessa última fase, o conceito de Open Banking expande para Open Finance, e nesse sistema os clientes poderão compartilhar outros dados de produtos e serviços, relacionados a operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.

Open Banking e Comportamento do Usuário

Com a digitalização, as pessoas se tornaram mais exigentes com os serviços oferecidos e mais espertos para lidar com o mercado. Uma prova é o boom no mercado de cursos online e de ações e investimentos. Cada vez mais o usuário se apropria de recursos para se aperfeiçoar em suas carreiras e em seus recursos financeiros Ou seja, os consumidores estão ávidos por novos serviços e soluções. Apostando em oportunidades de compra de ações na bolsa de valores, compra de imóveis para investimento, cursos de power bi para capacitação profissional e abertura de contas em bancos digitais. E é justamente nesse cenário que o open banking oferece vantagens e boas opções aos clientes. E isso pode ser comprovado pelos usuários já estarem adotando outros recursos digitais, como reconhecimento facial no lugar de senhas e pagamentos via WhatsApp. 

Open Banking no Mundo

No mundo, o Open Banking já possui alguns países considerados expoentes. É o caso do Reino Unido e alguns países da Europa.  Inclusive, a Europa é considerada como o berço do open banking. E, não é um modelo que pode ser copiado e implementado em outros lugares do mundo. Para a inserção do Open Banking, cada país deve adotar metodologias que sigam as jurisdições estipuladas e também que estejam de acordo com o mercado e objetivos políticos de cada um. Em território inglês, a plataforma de open banking foi lançada em 2018. Em 2020, cerca de 5% da população já utilizava soluções open banking. Outros exemplos de adoção do modelo podem ser a Austrália, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos.

Paula Moraes

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

(Foto: Divulgação)

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