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Cresce interesse do brasileiro pelo mercado livre de energia

Segundo anúncio recente da Aneel, a conta de luz ficará mais cara em 2022 e subirá até 16,22%

Segundo anúncio recente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz ficará mais cara em 2022 e subirá até 16,22%. Atualmente enfrentamos um início de crise energética pela falta de chuvas e bandeira tarifária na fase vermelha, a mais cara de todas. 

O movimento contínuo de alta nos preços de energia elétrica no Brasil somado a uma maior consciência ambiental faz com que, cada vez mais, o público consumidor brasileiro demonstre interesse em formas alternativas de energia e no chamado Mercado Livre de Energia.

André Cavalcanti, CEO da Elétron Energy, afirma que este é um caminho que não tem volta: “Evidente que a alta de preços do mercado de energia estimula muito a busca por alternativas, mas não acredito que seja só esta a motivação do consumidor. O mercado está maduro o suficiente para que o consumidor tenha plena consciência de que a alta de tarifas é passageira e faz parte de um fluxo de mercado normal. Nossa matriz energética tem a sazonalidade como característica. O consumidor está motivado a buscar alternativas por motivos que ultrapassam essa questão. Eles querem liberdade e matrizes energéticas mais limpas”, conclui com convicção.

Mesmo com os 6.159,34 quilômetros de novas linhas de transmissão concluídas no Brasil em 2020, além da adição ao Sistema Interligado Nacional de 14.485,33 megavolt-ampères (MVA) em transformadores de subestações, instalados em 17 estados, vivemos em clima de pré-crise energética. Por conta disso, a discussão de alternativas ao sistema da ANEEL atualmente implantado ganhou força nos últimos meses.

“O consumidor quer a mesma liberdade que as grandes empresas já desfrutam, escolhendo de quem comprar energia e de que matriz energética ela sai. Consciência ambiental e o hábito que o ambiente de liberdade que a abertura econômica proporcionaram fizeram o consumidor brasileiro ansiar por novidades”, diz André Cavalcanti.

(Créditos: Matthew Henry/Unsplash)
(Créditos: Matthew Henry/Unsplash)

O que é o Mercado Livre de Energia?

Negociar energia a custos competitivos, onde as empresas competem livremente por todas as condições comerciais, tais como fornecedor, preço, quantidade de energia contratada, período de suprimento, pagamento e etc. Que consumidor não gostaria de contar com esta opção? Ainda mais quando se tem a liberdade de mudar de contrato da mesma maneira como trocamos de banco, de operadora de celular ou de internet.

Esta possibilidade de escolha já é real para grandes consumidores de energia em média ou alta tensão, tais como parques industriais, desde que se formalizou a existência do Mercado Livre de Energia.

No Mercado Livre você sabe exatamente quando vai pagar pela energia no momento da compra e garante que ele se mantenha assim por anos, tendo total previsibilidade orçamentária e segurança para planejar investimentos. A compra de energia no Mercado Livre geralmente é 100% digital, com muita praticidade e rapidez, com a vantagem adicional de poder comprar energia de fontes limpas como a da biomassa, a dos ventos ou a do sol.

André Cavalcanti fala sobre a limitação do Mercado Livre de Energia hoje: “O comum é fornecer a liberdade de escolha total aos consumidores somente a partir de um consumo de 1500kW, o que limita demais o número de consumidores envolvidos com o Mercado. A reivindicação de que todos os consumidores possam contar com essa possibilidade parece justa.” afirma o CEO da Elétron Energy.

Daniella Pimenta

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

(Imagem ilustrativa/Freepik)

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