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Vendas no varejo baiano crescem 10,4% em abril

A maior alta para o mês desde 2000, e a maior desde agosto de 2020

As vendas no comércio varejista baiano registraram em abril de 2021 crescimento de 10,4%, frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. A maior alta para o mês desde 2000, e a maior desde agosto de 2020. Os dados, divulgados nesta terça-feira (8), foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

Para o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento, os números do comércio varejista reforçam a percepção de recuperação da economia já sinalizada pelo resultado do PIB do primeiro trimestre. “Na última semana o resultado do PIB do primeiro trimestre de 2021 revelou crescimento de 1% em relação ao último trimestre de 2020. O crescimento, apesar de tímido, nos trouxe entusiasmo, pois sabemos que a nossa economia está reagindo. Agora, esses dados mais recentes do comércio varejista reforçam esta percepção e nos fazem acreditar ainda mais na recuperação do nosso estado frente a essa crise que tanto tem impactado nosso país”.

Em relação a igual mês do ano anterior, as vendas no Estado da Bahia cresceram 36,6%. No acumulado do ano, a taxa foi positiva em 5,0%. No país, a expansão foi de 23,8%, e 4,5% em relação à mesma análise, respectivamente. O crescimento das vendas do varejo baiano em abril na análise sazonal pode ser atribuído à retomada das atividades não essenciais em Salvador que ficaram suspensas no período de 26 fevereiro à 4 de abril por conta do decreto estadual, do resultado apresentado para a confiança do consumidor que recuperou parte das perdas sofridas em março e do dinamismo do mercado de trabalho baiano.

Por atividade, em abril de 2021, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de abril de 2020, revelam que sete dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de Tecidos, vestuário e calçados (201,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (191,2%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (151,8%), Móveis e eletrodomésticos (138,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (118,8%), Combustíveis e lubrificantes (34,6%), e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (27,8%). Apenas Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou variação negativa (-8,9%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que registraram variações positivas as vendas de Eletrodomésticos, e Móveis com taxas de 151,4%, e 105,2%, respectivamente. Enquanto Hipermercados e supermercados registrou variação negativa de 8,4%.

(Foto: Josenildo Jr.)
(Foto: Josenildo Jr.)

Comércio varejista ampliado

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou expansão de 51,9% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi negativa em 1,7%.

O segmento Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 142,5% nas vendas em abril de 2021, em relação à igual mês do ano anterior. Esse comportamento é explicado pelo efeito base, já que em igual mês de 2020 as vendas no ramo caíram 57,9%, dadas as incertezas no período quanto ao comportamento da atividade econômica no país provocada pela covid – 19 e as ações das instituições financeiras em restringirem a liberação de crédito. Para a análise dos últimos 12 meses a taxa foi negativa em 11,6%.

Em relação a Material de construção, as vendas no mês de abril cresceram 21,9%, na comparação com o mesmo mês de 2020. Essa atividade também foi influenciada pelo efeito estatístico, pois em igual mês do ano anterior houve recuo nos negócios em 24,0%. Para o acumulado dos últimos 12 meses o crescimento foi de 13,5%.

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