Ilustração. Foto: Pixabay
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Coronavírus apresenta impactos negativos e positivos no e-commerce

Apesar de as vendas online serem uma das poucas opções para o varejo no momento, não é o suficiente para todas as segmentações

Muito se diz que o e-commerce é a salvação para o varejo do Brasil em meio à pandemia de coronavírus. Porém é válido ressaltar que as vendas online também sofreram grandes impactos, tanto positivos, quanto negativos, durante esse período de isolamento social.

É uma realidade que a quarentena faz com que o consumidor fique mais tempo imerso na internet, sendo muito mais atingido pelas propagandas e tendo a compra online, por muitas vezes, como a única opção. Mas é necessário atentar-se ao fato de que muitas empresas tiveram grandes quedas em seus lucros, e isso afeta também a massa consumidora, já que dentre esses existem os que tiveram seus salários reduzidos, perderam os empregos ou estão inseguros sobre o futuro, o que os leva a gastar apenas com o necessário.

Ilustração. Foto: Pixabay
Ilustração. Foto: Pixabay

Dessa forma, o aumento nas vendas veio com maior força para as segmentações que oferecem produtos essenciais. As famílias estão em casa, mas ainda precisam comprar alimentos e produtos de limpeza e de higiene pessoal, e foram exatamente os varejistas dessas ramificações que melhor puderam equilibrar as contas com as vendas em lojas digitais.

O supermercado Carrefour, por exemplo, apresentou aumento de 600% nas entregas de alimentos frescos e alta de 25% no tráfego de seu site, de acordo com estudo da McKinsey & Company, divulgado pelo site E-commerce Brasil.

Em outra plataforma de vendas, o Mercado Livre, o aumento nas buscas ocorreu nos itens de higiene pessoal, alimentos e bebidas, farmácia e limpeza. O crescimento foi de 64% entre os dias 17 e 31 de março.

Isso não significa que o lucro das lojas que estão apresentando bons números no online esteja crescendo proporcionalmente, já que, em grande maioria, essas marcas também tinham lojas presenciais responsáveis pela maior parte das vendas que agora estão obsoletas.

O e-commerce não fez milagres, e há categorias de produtos que sofreram quedas bruscas. Uma das mais afetadas é a de eletroeletrônicos. Isso porque a China é responsável por 10% de toda a exportação de materiais usados na composição de eletrodomésticos e eletrônicos, além do fato de o consumidor estar mais cauteloso com suas compras, já que também está sendo afetado pelas incertezas do mercado.

A Compre&Confie mostra que os itens que menos saíram desde o início da quarentena foram os seguintes.

  •   Câmeras, Filmadoras e Drones (redução de 42,3% em relação a janeiro).
  • Papelaria (-30,5%).
  • Games (-30%).
  • Eletrônicos (-19,4%).
  • Suplementos e Vitaminas (-14,7%).
  • Brinquedos (-13,1%).
  • Moda e acessórios (-10,9%).

Além desse, o setor de viagens e hospedagem também sente os impactos negativos. O Airbnb, plataforma de locação de imóveis, viu suas reservas despencarem ainda na primeira semana de março – só em Pequim foi uma queda de 96%. Em Roma e Seul, a queda foi de 40% no mesmo período, e em Nova York a redução foi de 17%.

Ao observar essas características no comércio atual, é possível perceber que o e-commerce é uma boa estratégia, mas ainda não é a solução para sustentar a economia e garantir o futuro de pequenas e grande empresas, além de fazer os formados em faculdades de logística precisarem, mais do que nunca, encarar o desafio de fazer essa nova opção de vendas funcionar da melhor maneira possível.

A reportagem encontrou declarações de terras e fazendas certificadas na área onde vivem os Manoki, que lutam para conclusão da demarcação do seu território (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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(Imagem ilustrativa/Freepik)

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