Aurora A avaliação de desempenho individual é uma ferramenta utilizada pelo setor de gestão de pessoas para mensurar a performance dos funcionários ou áreas de uma empresa. Ela pode ser feita periodicamente, conforme as necessidades da organização. No momento de fazer a autoavaliação, contudo, é possível que surjam dúvidas, e seguir algumas dicas pode ajudar.
De acordo com a Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seção Minas Gerais (ABRH-MG), quando as ferramentas de avaliação de desempenho mantêm o foco no desenvolvimento das pessoas, é possível melhorar os resultados empresariais, contribuir para a performance individual e fazer com que a gestão seja mais eficaz.
Atualmente, as organizações podem utilizar um software para avaliação e desempenho individual para coletar e analisar feedbacks. Essa ação ajuda os colaboradores a trabalharem em seu desenvolvimento pessoal e profissional.
A autoavaliação de desempenho permite que o funcionário reflita sobre sua própria atuação dentro da empresa. Dessa maneira, ele pode analisar seus pontos fortes e o que ainda precisa ser melhorado.
Essa ferramenta contribui para o desenvolvimento do profissional, pois tanto ele como a companhia passam a ter mais conhecimento sobre suas habilidades e dificuldades. Assim, é possível investir em treinamentos, cursos ou outras ações que promovam o crescimento do profissional e da organização.
Avaliação de desempenho promove engajamento
Segundo a ABRH-MG, a avaliação de desempenho, incluindo a autoavaliação, e o retorno respeitoso ao funcionário sobre os seus resultados por meio do feedback são aspectos que podem incentivar o engajamento na equipe.
Essa ligação é tida como um compromisso emocional que o profissional estabelece com a companhia na qual trabalha. Assim, a dinâmica de autoavaliação pode ser fundamental para o crescimento tanto dos funcionários quanto da companhia. Esse vínculo desperta no trabalhador a vontade de ficar, de pertencer, o que é refletido em melhor desempenho.
A autoavaliação é ainda uma maneira de fazer com que os colaboradores de uma empresa sintam-se como parte relevante dos processos de melhoria.
Nessa atividade, o próprio profissional é incentivado a listar suas conquistas, metas realizadas, prazos perdidos e dificuldades. Em um segundo momento do processo, ele discute sobre essa autoanálise com seu líder. Dessa forma, colaboradores e gestores, em conjunto, podem buscar soluções para eliminar possíveis entraves e otimizar os processos.
O uso dessa ferramenta promove o autoconhecimento dos funcionários e oferece a eles a chance de mostrarem seu nível de amadurecimento e sua capacidade de compreender os feedbacks repassados pela gestão em direção à melhoria contínua.
Como fazer a autoavaliação?
De modo geral, para a autoavaliação, o gestor envia um formulário com os quesitos a serem considerados e respondidos pelo funcionário.
Para escrever o material ou falar sobre ele, diversos portais especializados em RH enfatizam a importância de o colaborador partir de uma estrutura que inclua fatores como metas – pessoais ou atribuídas –, realizações alcançadas desde a última autoavaliação, percepções sobre produtividade e pontos a serem melhorados.
Metas (pessoais ou atribuídas)
A primeira dica sobre o que escrever na autoavaliação é refletir sobre as metas estabelecidas no trabalho. Por exemplo, uma empresa pode sugerir como meta assumir a liderança em um projeto, aprender a usar um software ou lidar mais com clientes.
Nesse caso, é importante citar essas metas na avaliação de desempenho individual. É válido, ainda, ter alguns objetivos de desenvolvimento profissional para falar, como se organizar melhor, fazer um curso ou ser mais pontual.
O progresso feito desde a última avaliação deve ser mostrado. Caso os objetivos tenham sido atingidos, é preciso explicar como isso foi feito. Do contrário, é importante identificar e esclarecer quais problemas bloquearam o andamento do processo e o que será feito para solucionar esses impasses.
Realizações desde a última autoavaliação
Durante a autoavaliação, é importante que o profissional descreva quais foram suas realizações desde a última análise de desempenho individual. Essa é uma oportunidade para que o gestor seja lembrado dos feitos de seus colaboradores ou, até mesmo, que tenha conhecimento sobre eles pela primeira vez.
A dica é não fazer apenas uma lista com o nome das realizações. É fundamental destacar as atividades, especificar se elas foram concluídas no prazo e qual impacto tiveram na empresa, por exemplo.
Percepções sobre produtividade
Durante a autoavaliação, o colaborador pode mencionar também os fatores que mais o motivam. A ideia é falar sobre quais comportamentos ajudam o profissional a ter sucesso e o que o impede de ser mais produtivo no trabalho.
Essa análise ajuda o gestor a perceber a capacidade de sua equipe e entender como acontecem as vitórias e os fracassos para, a partir daí, reconhecer acertos e corrigir falhas.
O funcionário pode refletir, por exemplo, sobre os momentos em que se sente mais produtivo ou menos produtivo, analisar quais hábitos aumentaram a sua produtividade e quais a sabotaram.
Pontos a serem melhorados
Depois de saber o que o motiva, é hora de o colaborador descobrir mais sobre seus pontos fracos. Afinal, um dos objetivos da autoavaliação é mostrar aos gerentes que seus funcionários têm autoconsciência.
É necessário, assim, que o profissional pondere em quais áreas ele precisa melhorar, junto com as etapas de ação para resolvê-las. Nesta seção, a dica é não focar somente em aspectos negativos e depreciativos, mas sim fazer uma autocrítica sincera e mostrar estar disposto a crescer profissionalmente.
*Colaboração de Experta Media
