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Como fazer um orçamento de obra

Imaginar uma construção moderna, elegante e aconchegante pode não ser tão desafiador como na hora de descobrir os custos. Ao colocar na ponta do lápis todos os gastos que uma obra pede, os valores podem assustar. Contudo, quem planeja e se prepara bem para tirar o projeto do papel, consegue ver adiante tudo ganhar forma […]

Ilustração. Foto: Pixabay

Imaginar uma construção moderna, elegante e aconchegante pode não ser tão desafiador como na hora de descobrir os custos. Ao colocar na ponta do lápis todos os gastos que uma obra pede, os valores podem assustar. Contudo, quem planeja e se prepara bem para tirar o projeto do papel, consegue ver adiante tudo ganhar forma como esperado.

Então, como fazer um orçamento de obra? Bem, o principal é entender a importância de fazê-lo. Estimar os investimentos necessários é antecipar todo o desenvolvimento da construção e o quanto vai exigir de suas finanças (ou do contratante). Eu sei, o medo de “não dar conta” atrapalha a capacidade de colocar em prática.

Mas, calma, é exatamente para isso que você fará o orçamento; ou pedirá ao perito de obras. Para começarmos, vamos entender o que significa essa ideia!

Se você trabalha com construção civil, saiba que também é normal ter dúvidas. Vamos explicar tudo com clareza para te ajudar a entender melhor o assunto, ok?

Por que fazer um orçamento de obra?

Um orçamento de obras é como um documento que prevê os instrumentos, materiais e mão de obra para o projeto. É a base de valores que reflete todas as necessidades financeiras para sua construção. Com isso, você ganha um respaldo com prazos e controle de gastos. Além de compreender as fases e acompanhar se tudo está conforme o determinado.

Uma das etapas primordiais do processo da obra, o orçamento possibilita buscar recursos e dar o ponto de partida sabendo onde irá chegar. É imprescindível destacarmos que a estimativa de custo é próxima do valor real que será empregado. Não necessariamente significa o preço final.

Toda obra, por mais planejada que seja, tem a possibilidade de surpreender com gastos inesperados. Portanto, ao fazer o orçamento, busque alternativas para guardar uma quantia reserva para os imprevistos.

Vantagens

  • Confiança e maior credibilidade;
  • Conhecimento de gastos com composições e insumos;
  • Acompanhamento de todas as etapas da construção.
  • Diminuição de custos;
  • Compreensão de valores de mercado e possibilidade de negociação.

Levantamento quantitativo

Inicialmente, faça um levantamento quantitativo bem detalhado com valores específicos, quantidade de materiais e serviços empenhados. É como uma listagem para orientá-lo e determinar cada etapa. Além disso, você pode destacar os preços mais viáveis, assim pode reduzir gastos e conhecer locais com preços mais acessíveis.

As CPU’s (Composições de Preços Unitários) consistem no custo direto da obra, ou seja, é o valor da unidade de cada material.

Insumos para a construção

Confira alguns exemplos de insumos que entram nesse levantamento:

  • Alvenaria: tijolos, concreto, cimento, e etc.;
  • Impermeabilizantes;
  • Pisos e revestimentos;
  • Coberturas e forros;
  • Metais;
  • Tintura;
  • Argamassa.

Obs: TODOS os insumos (incluindo os que não foram citados) devem aparecer no orçamento.

Custo com mão de obra

A estimativa inclui mão de obra e seus serviços. Afinal, é uma parte bem puxada para pagar e também demanda atenção com cumprimento de prazos.

Ter profissionais especializados trabalhando lado a lado, é ótimo para o sucesso do empreendimento. Engenheiros, pedreiros, arquitetos e demais profissionais valem o investimento para conseguir o melhor resultado.

Cotação de custos indiretos

Não, os gastos não param nos insumos e na mão de obra. Para não “cair pra trás” com cobranças repentinas, lembre-se que os custos indiretos também contam.

Luz, água para preparar materiais e higiene dos funcionários, internet, equipamentos, combustíveis, betoneira: são custos indiretos que devem ser encaixados no orçamento.

BDI

A Bonificação e Despesas Indiretas é a parte lucrativa do trabalhador de construção civil. É a porcentagem que ele tira de lucro diante da soma:

LUCROS + GASTOS = PREÇO FINAL.

Vale ressaltar que os valores dependem do tipo de edificação e do contrato feito com cada cliente.

Calcule os impostos

As taxas procedentes de cargas tributárias fazem parte do planejamento, uma vez que também deverão ser pagas. Licenciamento, encargos sociais e todas as burocracias são adicionadas no orçamento para que não haja cobranças fora do planejado.

Planilha Orçamentária

Essencial para controlar custos detalhados em cada momento da construção, a ferramenta é bem estratégica. Com a planilha orçamentária você pode:

  • Expor entradas e saídas do início até a conclusão do novo empreendimento;
  • Atender o cronograma das fases e cumprimento no tempo previsto;
  • Identificar despesas com materiais complementares;
  • Descrever materiais, mão de obra e tarefas.

SINAPI

Você já ouviu falar do SINAPI? O Sistema Nacional de Índices da Construção Civil (SINAPI) é uma tabela que informa preços e insumos da indústria de construção civil. Muito utilizada na hora de fazer o orçamento de obras, o SINAPI é mantido pela Caixa Econômica Federal.

Os dados são assegurados pelo IBGE, com pesquisas e índices de referência quanto ao custo global, principalmente das obras públicas de engenharia.

Nax R.

Colaboradora do Folha Geral. O conteúdo é de inteira responsabilidade da autora e não expressa a opinião do Folha Geral

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