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Entenda os motivos que fazem as startups crescerem cada vez mais no Brasil

São mais de 12 mil empresas espalhadas pelo país revolucionando o modo de trabalhar

Ilustração. Foto: Pixabay

Esqueça o formato padrão dos escritórios, com suas persianas, carpetes, tons neutros e baias lado a lado. Quando se trata de startups, a pegada é outra. Mais joviais, as empresas têm decoração criativa, clima descontraído e ambiente leve e descolado.

Desenvolvidas para resolver problemas de mercado de forma inovadora, as startups são o rosto do empreendedorismo no Brasil e, em tempos de crise econômica, têm crescido a passos largos.

Esse desenvolvimento acontece também pela agilidade que seus serviços trazem para o mercado, nos mais diferentes setores. Exemplos de sucesso são os aplicativos de transporte compartilhado, os de troca de mensagens e também os de pedidos de delivery.

As grandes estão de olho

Essas empresas emergentes podem trabalhar diretamente com o público, no que se chama de B2C, business to consumer (negócio para o cliente), recebendo ou não apoio de outras instituições.

Mas, devido ao sucesso das startups no mercado, grandes corporações têm buscado firmar parcerias com os novos modelos de negócios, que, geralmente, apresentam baixo custo e grandes chances de crescimento.

O apoio pode vir em forma de aporte de dinheiro/investimento, mentoria, ou mesmo a compra de produtos e serviços para atrelar ao seu business — e, com isso, agregar valor. Quando isso ocorre, diz-se que é um negócio B2B, ou business to business (de empresa para empresa).

Para as grandes corporações, essa parceria ajuda a demonstrar ao público consumidor o quanto aquela empresa se esforça para solucionar questões que incomodam seus clientes, favorecendo sua imagem corporativa.

Os ramos mais procurados são aqueles que atuam em logística, saúde, tecnologia e até mesmo educação e alimentação.

O segredo do sucesso

Por que elas estão crescendo tanto? Boa parte da explicação está no perfil dos brasileiros. A gente adora novidades, tecnologia e agilidade. Desde 2018 já superamos a marca de um smartphone por habitante, segundo estudo conduzido pela universidade Fundação Getúlio Vargas (FGV).

E a vida com tecnologia passa pelo uso dos aplicativos — de jogos, serviços ou comunicação —, nicho muito explorado pelos empreendedores.

Além disso, essas empresas emergentes se esforçam por oferecer aquilo que ainda não temos ou não conhecemos, por facilitar o dia a dia, gerar boas experiências e ganho de tempo.

Elas são disruptivas

As startups são a cara da geração Y e, por isso, fazem sucesso também entre os profissionais dessa categoria, porque valorizam mais experiências e entregas do que o cumprimento de um expediente quadrado e ponto a ser batido.

A maioria das empresas emprega trabalhadores jovens e extremamente criativos. Até por isso, elas apostam em diferenciais que fazem com que o ambiente seja mais descolado, inovador e gostoso de trabalhar.

O horário de expediente pode ser flexível e fora do convencional “comercial”. A decoração também é um ponto importante: há cores, quadros, áreas de descompressão e até games, tudo para incentivar as boas ideias e o bem-estar dos profissionais.

O mobiliário visa o conforto e a ergonomia do funcionário, pois somente dessa forma ele pode se sentir bem para criar, inovar e desenvolver produtos e serviços que fazem a diferença na sociedade.

E o que é startup?

Para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), startups são grupos de pessoas que, em um cenário de incertezas, trabalham conduzindo um modelo de negócios que seja repetível e escalável.

De uma maneira geral, são empresas emergentes, com base tecnológica e que propõem soluções ágeis e diferenciadas a um custo menor do que o praticado no mercado.

De acordo com dados da StartupBase, base de dados da associação Brasileira de Startups, em 2019 o Brasil conta com:

  • 12.651 empresas, estando a maioria na cidade de São Paulo (2.624), Rio de Janeiro (702) e Belo Horizonte (599);
  • 7,13% delas atuam no ramo de educação;
  • 4,14% em finanças;
  • 3,68% em saúde e bem-estar;
  • 3,22% na internet,
  • 3,15% no agronegócio.

No ano de 2012 eram apenas 2.519 empresas registradas na mesma base de dados. Surpreendente, não?!

A entidade estima que existam ainda mais startups no país, pois algumas delas não são registradas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou na instituição pelo simples fato de estarem ainda na fase de ideação.

O perfil do empreendedor é jovem: de 27 a 40 anos, e a maioria ainda é masculina.

Curiosidade

Quando a empresa passa a valer mais de US$ 1 bilhão, ela ganha o apelido de “unicórnio”.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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