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“Brasil não aguenta uma nova aventura”, diz Aécio sobre Dilma e Marina

O candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves, adotou postura cordial, nesta manhã de quarta-feira (3/9) ao se referir a Marina Silva na série de entrevistas feita pela rádio CBN. Ele é o sexto a falar sobre o programa de governo para os próximos quatro anos. Ao ser questionado sobre as […]

Aécio: eu acredito que vou vencer porque tenho uma proposta boa para o Brasil
Aécio: eu acredito que vou vencer porque tenho uma proposta boa para o Brasil

O candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves, adotou postura cordial, nesta manhã de quarta-feira (3/9) ao se referir a Marina Silva na série de entrevistas feita pela rádio CBN. Ele é o sexto a falar sobre o programa de governo para os próximos quatro anos. Ao ser questionado sobre as pesquisas mais recentes, que mostram a ascensão contínua da candidata do PSB, o mineiro afirmou que é preciso “receber as modificações [nas pesquisas] com muita humildade, para que os eleitores decidam quem deve ir para o segundo turno”.

Ao enfatizar que Marina precisa decidir em qual direção seguirá o governo proposto por ela, o presidenciável afirmou que a avaliação atual é de que a presidente Dilma “fracassou e vai perder as eleições”, restando aos eleitores as duas opções: ele e Marina. Ressaltou que sua candidatura, de oposição, é contra Dilma e que a campanha de Marina traz um conjunto de distorções. “Eu acredito que vou vencer porque tenho uma proposta boa para o Brasil. Uma nova aventura não faria bem ao brasileiro. O Brasil não aguenta uma nova aventura, uma incerteza no seu horizonte”, criticou.

Ele iniciou o debate respondendo a pergunta sobre a legalização do aborto, considerada não só como caso policial, mas de saúde pública. Respondeu que, ao longo dos últimos anos, o governo tem diminuído a participação no conjunto de investimentos na saúde e que é necessário, para solucionar o problema, restabelecer as garantias de financiamentos contínuos na área. Em relação ao crime, o candidato afirmou que a decisão de criminalizar ou não deve ser debatida pela sociedade. “Essa é uma decisão que o Congresso deverá decidir, não que o presidente deva arbitrar, porque não tem poder para isso. Mas a sociedade deve debater”.

Sobre a economia brasileira, em especial o momento sensível pelo qual o Brasil passa com uma recessão técnica, Aécio alertou que “respeito às regras é essencial para que o país retome o ciclo de desenvolvimento econômico”. Defendeu também sua escolha por Armínio Fraga para possível ministro da Fazenda no caso de ser eleito, — que polemizou ao falar que antes de debater temas sensíveis, como previdência e arrocho salarial para conter a inflação, era necessário fazer um discurso antes, para não ser acusado de “assassino das velhinhas”. “Nossa política econômica é responsável até por que não há espaço para a maldade, que já está sendo feita por este governo. (…) Temos um time altamente qualificado”, enfatizou o candidato ao defender uma política fiscal transparente, fortalecimento das agências reguladoras e retorno de investimentos para que o país volte a crescer.

Aécio Neves terminou a entrevista dando seu posicionamento sobre o Programa Mais Médicos, uma das vitrines do governo de Dilma Rousseff. Afirmou que não é apenas a favor de mais médicos, mas de mais saúde. “Vamos criar a carreira nacional de médicos, para que possamos formar médicos que possam ocupar lugares onde não há médicos cubanos”. O candidato também defendeu a tomada de uma negociação para que os profissionais de Cuba que atuam no Brasil não sejam discriminados. “O Brasil tem mais força do que Cuba para impor uma negociação”, ressaltou o presidenciável, que propôs também o financiamento, pelo BNDES, para a criação de consultórios de especialidades em regiões definidas pelo Ministério da Saúde.

Perfil

Neto do ex-presidente eleito Tancredo Neves, o candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves, tem 54 anos. O também senador Aloysio Nunes (SP) é o candidato à vice-presidente. Formado em economia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, ele hoje é pai de três filhos. O primeiro contato com a política ocorreu em 1981, quando aceitou o convite do avô para trabalhar na campanha para o governo de Minas Gerais e, depois, pela Presidência da República. Aécio participou do movimento das Diretas, no período do regime militar e, em 1986, iniciou sua trajetória no Congresso Nacional, ocupando por quatro mandatos seguidos uma cadeira na Câmara. Em 2002, Aécio foi eleito o primeiro governador de Minas Gerais escolhido em primeiro turno. Foi reeleito com mais de 75% dos votos válidos. Em 2010, o tucano voltou para o Congresso como o senador mais votado, com mais de 7,5 milhões de votos.

Programa de governo

Aécio Neves promete mudanças “radicais” na condução do governo. Entre as diretrizes anunciadas, são prioridades uma maior clareza nas regras e no controle de gastos em investimentos de infraestrutura, reformas dos serviços públicos, da segurança e as reformas política e tributária e a defesa da independência dos poderes. O programa de governo também prevê melhorias de serviços em áreas como saúde e educação. Ele promete ainda manter programas implantados pelo atual governo, como o Bolsa Família.

Por Jacqueline Saraiva | CB

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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