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Governo de Minas Gerais amplia debate sobre recuperação ambiental por meio dos sistemas agroflorestais

A iniciativa teve como objetivo discutir estratégias e possibilidades sobre a restauração e recuperação de áreas alteradas e degradada

Governo de Minas Gerais amplia debate sobre recuperação ambiental por meio dos sistemas agroflorestais
Seminário foi realizado nos dias 10 e 11 de agosto, em Belo Horizonte. Foto: Divulgação/Seda

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF), em parceria com a Articulação Mineira de Agroecologia (AMA), concluiu, nesta sexta-feira (11/8), o Seminário Estadual “Sistemas Agroflorestais como Instrumento para Recuperação Ambiental: Um olhar sobre Minas Gerais”. O encontro, realizado em dois dias (10 e 11/8), contou com a presença de 200 participantes, com programação no campus da UFMG e na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

A iniciativa teve como objetivo discutir sobre a restauração e recuperação de áreas alteradas e degradadas, por meio de estratégias que possam auxiliar na conservação do solo trazendo benefícios sociais. A adoção de sistemas agroflorestais (SAFs), prática agroecológica eficiente, seria um mecanismo fundamental para a recuperação ambiental dessas áreas no estado.

Para o superintendente de Apoio à Produção Sustentável da Seda, Pedro Moreira, o seminário foi um momento de dialogar com a sociedade e garantir a participação de agricultores familiares.

“O que nós defendemos, é que por meio dos sistemas agroflorestais, exista a possibilidade de conjugar a produção de alimentos, geração de renda e que isso dê ao processo de recuperação ambiental uma base social e humana, que é a agricultura familiar”, afirmou.

Tecnologias agroecológicas

Os sistemas agroflorestais (SAF’s) são instrumentos já consolidados que podem ser implementados em qualquer área, seja de recuperação ambiental ou não. É uma tecnologia agroecológica viável, no qual são aproveitados os ciclos naturais, com o plantio de diferentes espécies. Dessa forma, a própria natureza potencializa a produção, esse tipo de tecnologia também é favorável para a produção de água.

Historicamente, os sistemas agroflorestais existem desde os índios. Agricultores familiares e povos e comunidades tradicionais, sempre utilizaram SAF’s tradicionalmente. O seminário também teve como foco, estudar normativas que permitam sistemas agroflorestais e produção de alimentos em áreas de preservação ambiental, pois a atual legislação prevê apenas a conservação ambiental.

“A normativa é para regulamentar o que eles já fazem e abrir precedentes para outros agricultores familiares que queiram fazer SAF’s, produzindo e conservando o meio ambiente”, disse a secretária executiva da AMA, Ana Cristina Alvarenga. Para ela, foi fundamental o Estado se sentir provocado pelas organizações e representações da agricultura familiar e estar à disposição neste debate.

“A discussão é essa: tirar os agricultores familiares e povos e comunidades tradicionais de uma situação de irregularidade. Aprofundando também os processos das normativas e legislação do uso dos SAF’s em áreas de preservação”, disse Alvarenga.

Segundo a Diretora de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Fernanda Teixeira Silva, o seminário foi uma importante troca de experiências. “A integração entre as duas pastas, ambiental e de desenvolvimento agrário, fortalece o debate. Que os agricultores familiares possam conseguir aliar a restauração ambiental com a geração de renda”, disse Silva.

Para o superintendente de Apoio à Regularização Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Antônio Malard, o evento possibilitou uma discussão ampla entre os setores envolvidos no tema.

“Já é mais que comprovado que os SAFs proporcionam melhor produtividade e conservação do meio ambiente com grande potencial de recuperação de áreas degradadas. Precisamos fomentar as implementações de SAFs, a partir de métodos eficientes e com algumas diretrizes a serem estabelecidas em conjunto com o IEF, Seda e outras instituições”, disse. “Temos que avançar na normativa para que agricultores familiares e povos e comunidades tradicionais possam ter a segurança na implementação desse tipo de tecnologia agroecológica no campo”, finalizou Moreira.

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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