em

Vereadores boçais agridem jornalista para evitar gravação da votação do orçamento em Muquém do São Francisco

Vereadores agridem jornalista que queria documentar sessão ordinária da Câmara de Muquém. Se o fato não fosse repulsivo, seria risível: vereadores que desejam o trabalho legislativo secreto, sem conhecimento da imprensa e do povo. O presidente da Câmara de Vereadores de Muquém do São Francisco, Osmar Gaspar, juntamente com o vereador Milton Pereira de Carvalho […]

220131217082337
Os agressores. Foto: Reprodução

Vereadores agridem jornalista que queria documentar sessão ordinária da Câmara de Muquém. Se o fato não fosse repulsivo, seria risível: vereadores que desejam o trabalho legislativo secreto, sem conhecimento da imprensa e do povo.

jayme modesto
Jayme Modesto. Foto: Reprodução

O presidente da Câmara de Vereadores de Muquém do São Francisco, Osmar Gaspar, juntamente com o vereador Milton Pereira de Carvalho e o secretário da Mesa, Aldivino das Virgens Cruz, agrediram violentamente o jornalista Jayme Modesto, do Jornal Gazeta do Oeste, que estava a serviço no município, no dia 13 de dezembro. Num ataque de boçalidade os insignes legisladores falquejados a machado, postergaram a sessão durante 1h30m para evitar a gravação das matérias que votariam. Modesto, expulso da casa aos empurrões, voltou com uma patrulha da Polícia Militar. Mesmo com a cobertura dos policiais ainda ouviu gritos e palavrões e palavras de ordem de “aqui quem manda sou eu”.

A presença do jornalista no município se deu por motivo de uma denúncia de populares, de que a Câmara iria votar o projeto orçamentário para o ano de 2014, elaborado pelo executivo no governo do então prefeito interino Osmar Gaspar. Além disso, fazer a cobertura de reuniões ordinárias de câmaras é praxe de toda a imprensa da região.

O orçamento foi confeccionado por uma empresa de Barreiras, que recebeu antecipadamente pelos serviços R$ 106.500,00 valores pagos nos meses de março, abril e maio. Ainda segundo informações, o TCM já lavrou um termo de ocorrência de nº 69494/2013, encaminhando a Controladoria Geral dos Municípios e ao Ministério Público para as devidas providências.

Segundo informações técnicas, o orçamento votado é uma imoralidade que inevitavelmente trará consequências irreversíveis para a administração municipal e consequentemente para a população, já que deixa o governo municipal totalmente engessado, tudo de forma propositada, já que a oposição tem maioria e segue rigorosamente as orientações dos Irmãos Guimarães. Pela revolta da população, os vereadores já sabiam antecipadamente que haveria reação da imprensa e da opinião pública. O orçamento votado é uma peça totalmente desfigurada, baseada na estrutura administrativa de 2006, onde até a denominação das secretarias são outras, mas tem como único objetivo prejudicar a administração municipal, o município e o povo, tudo movidos pela retaliação, revanchismo e politicagem.

Osmar Gaspar é presidente da câmara e foi prefeito interino de 01 de janeiro a 19 de setembro de 2013, e segundo informações é um fantoche, manipulado pelos Irmãos Guimarães, hoje responde por vários processos na justiça por improbidade administrativa. Nestes nove meses de sua “ingestão” o município foi saqueado e está em estado de insolvência total, Gaspar já foi inclusive citado pela Polícia Federal, mas não compareceu.

Ainda de acordo com informações colhidas por nossa reportagem no município, o todo poderoso e arrogante vereador Milton Pereira de Carvalho, foi o responsável em dirigir o legislativo municipal no mesmo período. Uma pequena amostra de suas falcatruas constatada na sua prestação de contas ao TCM reside em um alto valor gasto com óleo diesel, sendo que a câmara possui um único veículo Fiat flex. Concidentemente no mesmo período de aquisição de óleo diesel pela câmara, o trator da prefeitura estava trabalhando na fazenda do seu irmão.

“A sessão do dia 13 de dezembro de 2013, é para ser esquecida na história política do pequeno município de Muquém do São Francisco. Deve ser esquecida porque em pleno século XXI os vereadores Osmar Gaspar e Milton Pereira de Carvalho – cidadãos escolhidos pelo povo para defender a democracia, se sentiram no direito de rasgar a Constituição, afrontar a democracia e tratar com impropério ameaças de socos e verbais a imprensa”, afirmou Modesto.

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

Mulheres podem ter orgasmos na academia

TSE remaneja três zonas eleitorais da Bahia após desativação de comarcas