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Empresas da cadeia de ovos serão monitoradas por ferramenta criada pela ONG Fórum Animal

O alojamento de galinhas poedeiras em gaiolas é o sistema predominante no Brasil (mais de 90% da produção de ovos) e é considerado uma das piores práticas de pecuária industrial no mundo. Por esse motivo, a ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, também conhecida como Fórum Animal, e desenvolveu uma ferramenta para monitorar […]

galinhas em gaiolas granja
Ilustração. Foto: Divulgação

O alojamento de galinhas poedeiras em gaiolas é o sistema predominante no Brasil (mais de 90% da produção de ovos) e é considerado uma das piores práticas de pecuária industrial no mundo. Por esse motivo, a ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, também conhecida como Fórum Animal, e desenvolveu uma ferramenta para monitorar e auxiliar empresas do setor alimentício de todo país na transição para ovos 100% livres de gaiolas.

No sistema de gaiolas em bateria, as galinhas ficam mais de 100 semanas confinadas em gaiolas coletivas superlotadas com até 12 aves, dependendo do sistema. Ainda hoje, é assim que vive a maior parte das galinhas poedeiras nas criações convencionais. O espaço destinado a cada uma delas é bem pequeno e não dá para andar, abrir suas asas ou ciscar. Basicamente, elas só fazem movimentos para comer e botar os ovos. O resultado são aves estressadas e agressivas, o que pode causar lesões graves e até a morte.

A ferramenta Brasil Sem Gaiolas, desenvolvida pela ONG Fórum Animal, foi inspirada na Egg Track criada pela ONG Americana, Compassion In World Farming (CIWF), e tem como objetivo monitorar as empresas que já anunciaram compromisso de não mais utilizar ovos ou derivados em sua cadeia de abastecimento, e garantir que elas cumpram o acordo de transição com transparência. As informações serão atualizadas semestralmente no site do Brasil Sem Gaiolas e o público poderá acompanhar o progresso dessas empresas assim como uma lista das empresas que já anunciaram compromisso, mas não responderam ao movimento.

“Muitas dessas empresas lançaram sua política de bem-estar animal após pressão pelo Fórum Animal. Mas simplesmente anunciar o compromisso não basta. Precisamos de transparência do setor corporativo no processo de transição em sua cadeia de suprimentos até a chegada do prazo”, declara Dra. Patrycia Sato, médica veterinária e coordenadora de bem-estar animal do Fórum Animal.

Neste ano, a produção de ovos cresceu 5,2% e atingiu 831,3 mi de dúzias já no 1ºtri. É o maior número registrado em um primeiro trimestre no país desde 1987. Felizmente, o tema bem-estar animal tem sido cada vez mais discutido e até, mercadologicamente, considerado como tendência no agronegócio mundial.

O Fórum Animal também oferece assistência gratuita, às empresas e produtores, durante a transição, de ovos produzidos em gaiolas para ovos livres de gaiolas, com: suporte técnico, visita as granjas, contatos de produtores, processadores, pesquisadores e etc. Os empresários que desejarem mais informações podem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

SOBRE

O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (Fórum Animal) é a maior rede de proteção animal do Brasil com mais de 15 anos de existência e mais de 140 entidades afiliadas em todas as Regiões do país. Atua na disseminação do respeito, proteção e defesa dos animais em busca da construção de uma nova sociedade onde a compaixão pela vida animal seja um valor nacional, compartilhado por todos os brasileiros. O objetivo, com este projeto, é garantir que as empresas cumpram seu compromisso de maneira transparente, como parte do processo de banir as piores práticas agropecuárias.

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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