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A hora e a vez das energias alternativas

Setor de energia está passando por mudança radical, e benefícios de fontes de energia renováveis estão ficando cada vez mais claros

(Imagem ilustrativa/Freepik)

Com a atual crise hídrica no Brasil e o risco de apagão iminente que o país vive, muito tem se discutido sobre novas fontes de geração de energia, com menos impacto ambiental, de instalação mais simples e custos menores. 

Por mais que a transição do uso de combustíveis fósseis para fontes mais limpas não seja um desafio fácil, é consenso no mundo todo a necessidade de se repensar caminhos para gerar eletricidade com energia verde ou limpa, ou seja, de uma forma que cause menos danos e preserve melhor o nosso meio ambiente. A própria Shell, gigante petroleira, está fazendo apostas nessa direção. 

As fontes de energia mais amplamente utilizadas são a energia eólica e a hidrelétrica, mas o consumo de energia solar, também chamada de geração fotovoltaica, vem crescendo em ritmo acelerado. Recentemente, o Brasil ultrapassou a marca de 10 GW (gigawatts) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica.

Agora, fazemos parte dos 15 países com maior capacidade de geração solar instalada – marca atingida não somente pelos investimentos em usinas de grande porte, mas também por conta da instalação de médios e pequenos sistemas em telhados, fachadas e terrenos, motivados pelos valores iniciais de instalação mais acessíveis e pela escalada de aumento do preço da energia elétrica.

A Eternit, líder de mercado no setor de coberturas, está investindo nesse movimento e começou a comercializar telhas fotovoltaicas de concreto, bem menores que as comumente usadas e que não comprometem a estética das construções. O produto Tégula Solar, uma das principais novidades da empresa em tecnologia, é pioneiro e permite a transformação de luz solar em energia elétrica.

(Imagem ilustrativa/Freepik)
(Imagem ilustrativa/Freepik)

E de onde vem a energia renovável para avaliarmos se vale a pena?

Energia renovável não é a mesma coisa que energia limpa ou verde. Ela vem de fontes naturais e virtualmente inesgotáveis, como o sol, o vento, a água e as plantas. Embora muitas fontes renováveis de energia sejam consideradas de energia limpa, esse termo se refere especificamente ao impacto ambiental de uma fonte de energia. É por isso que a energia nuclear pode ser considerada, em alguns círculos, limpa, porém não verde.

A energia verde é na verdade um subconjunto de energias renováveis, representando os recursos mais benéficos para o meio ambiente. Isso inclui energia solar, eólica, geotérmica, biogás, biomassa e energia hidrelétrica de baixo impacto.

Confira as cinco grandes vantagens da energia renovável

Não gera emissões: a geração de eletricidade, a partir de combustíveis fósseis, cria muitas emissões de gases de efeito estufa. Com as energias renováveis, não há poluição do ar.

Reduz a pegada de carbono: nossas atitudes diárias, como usar carro todo dia, afetam o meio ambiente e definem a nossa pegada de carbono – uma métrica usada para calcular nosso impacto ambiental. O uso da energia renovável compensa ou substitui a necessidade de emissões de combustíveis fósseis por fontes de energia com emissões zero, como eólica e solar.

Reduz os poluentes atmosféricos prejudiciais: quando os combustíveis fósseis são queimados para criar eletricidade, eles geram um perigoso gás de efeito estufa. Além de causar a poluição atmosférica e a chuva ácida, o gás reage quimicamente para produzir ozônio no nível do solo, o que nos causa vários problemas de saúde.

Usa menos água: quase todas as fontes de energia precisam de muita água em algum ponto para funcionar. A eletricidade tradicional, como carvão, gás natural ou energia nuclear, é gerada pelo aquecimento da água e pela criação de vapor para girar as turbinas. O vento e a energia solar fotovoltaica não precisam de água para gerar eletricidade.

Beneficia a economia: cada vez mais, essa indústria emprega trabalhadores, e, à medida que o preço da criação de tecnologia de energia limpa cai, o mesmo ocorre com o preço da eletricidade gerada por elas. Isso só aumenta a demanda por este tipo de energia e os investimentos em novas tecnologias.

Novos paradigmas estão surgindo na maneira como o mundo produz energia; afinal, existem inúmeras inovações sendo pensadas para baratear nosso acesso à eletricidade, em um conceito de sustentabilidade não apenas financeira, mas, sobretudo, ambiental.

Já há, inclusive, os chamados fundos de investimento ESG, pautados por uma série de diretrizes sustentáveis, que norteiam as boas práticas corporativas, cada dia mais comuns.

Investidores mais antenados e abertos ao novo têm observado com muita atenção negócios assim. Tecnologia blockchain, criptomoedas em alta, economia circular e práticas ESG são assuntos que merecem nosso olho ligado no 220V.

Alice Bachiega

Colaboradora do Folha Geral - cada publicação é de responsabilidade da autora

(Foto: Mateus Pereira/GOVBA)

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